07 Ter
Oct
08 Qua
Oct
09 Qui
Oct
10 Sex
Oct
11 Sáb
Oct
12 Dom
Oct
13 Seg
Oct
14 Ter
Oct
15 Qua
Oct
16 Qui
Oct
17 Sex
Oct
18 Sáb
Oct
19 Dom
Oct
20 Seg
Oct
21 Ter
Oct
22 Qua
Oct
23 Qui
Oct
24 Sex
Oct
25 Sáb
Oct
26 Dom
Oct

5ª feira da 29ª Semana do Tempo Comum

Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Luminosos com imagens

Memória Facultativa

São João de Capistrano, Presbítero

Antífona de entrada

Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! Protegei-me qual dos olhos a pupila e abrigai-me à sombra de vossas asas. (Cf. Sl 16, 6. 8)
Ego clamávi, quóniam exaudísti me, Deus: inclína aurem tuam, et exáudi verba mea: custódi me, Dómine, ut pupíllam óculi: sub umbra alárum tuárum prótege me. Ps. Exáudi Dómine iustítiam meam: inténde deprecatiónem meam. (Ps. 16, 6. 8 et 1)
Vernáculo:
Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! Protegei-me qual dos olhos a pupila e abrigai-me à sombra de vossas asas. (Cf. MR: Sl 16, 6. 8) Sl. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! (Cf. LH: Sl 16, 1)

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, tornai-nos dispostos a obedecer sempre à vossa vontade e a vos servir de coração sincero. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Rm 6, 19-23


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos, 19uso uma linguagem humana, por causa da vossa limitação. Outrora, oferecestes vossos membros como escravos para servirem à impureza e à sempre crescente desordem moral.

Pois bem, agora, colocai vossos membros ao serviço da justiça, em vista da vossa santificação. 20Quando éreis escravos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. 21Que fruto colhíeis, então, de ações das quais hoje vos envergonhais? Pois o fim daquelas ações era a morte.

22Agora, porém, libertados do pecado, e como escravos de Deus, frutificais para a santidade até a vida eterna, que é a meta final. 23Com efeito, a paga do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo, nosso Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 1, 1-2. 3. 4 e 6 (R. Sl 39, 5a)


℟. É feliz quem a Deus se confia!


— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar. ℟.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar, ℟.

— mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte. ℟.


https://youtu.be/fx2AWicpmGc
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu tudo considero como perda e como lixo, a fim de eu ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3, 8-9) ℟.

Evangelho — Lc 12, 49-53


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Meditábor in mandátis tuis, quae diléxi valde: et levábo manus meas ad mandáta tua, quae diléxi. (Ps. 118, 47. 48)


Vernáculo:
Muito me alegro com os vossos mandamentos, que eu amo, amo tanto, mais que tudo! Elevarei as minhas mãos para louvar-vos e com prazer meditarei vossa vontade. (Cf. LH: Sl 118, 47. 48)

Sobre as Oferendas

Concedei-nos, Senhor, nós vos pedimos, que possamos, com liberdade de coração, servir ao vosso altar para que vossa graça nos purifique e nos renovem estes mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. (Cf. Sl 32, 18-19)

Ou:


O Filho do homem veio para dar a sua vida como resgate para muitos. (Mc 10, 45)
Domine Dóminus noster, quam admirábile est nomen tuum in univérsa terra! (Ps. 8, 2ab; ℣. Ps. 8, 2c. 3. 4. 5. 6-7a. 7b-8. 9)
Vernáculo:
Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! (Cf. LH: Sl 8, 2ab)

Depois da Comunhão

Concedei-nos, Senhor, colher os frutos da participação da Eucaristia, para que, auxiliados pelos bens temporais, possamos conhecer as riquezas do vosso Reino. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 23/10/2025


A divisão trazida por Cristo


“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão”.

No Evangelho de hoje, Jesus diz uma frase aparentemente escandalosa: “Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão” (Lc 12, 51). Ora, todos sabem que aquele que divide é o diabo, diabolos (διάβολος) e que Jesus veio para trazer a comunhão.

Bom, vamos ver exatamente o que Jesus diz e o que Ele realmente fez. Primeiro, Nosso Senhor diz que veio lançar fogo sobre a terra. Nesse caso, devemos ter cuidado para não interpretar mal, pois Cristo está querendo lançar em nós o fogo do amor do Espírito Santo, o qual aquece e dá a vida, mas também queima e purifica. Por esse motivo, Ele diz em seguida que deve receber um batismo: “Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!” (Lc 12, 50). No original grego, a palavra “ansioso” não é usada com sentido propriamente de “ansioso”, que seria synécho (συνέχω), mas com sentido de echō (έχω), que significa “tenho” ou “contenho”. Isso quer dizer que Jesus está totalmente concentrado, voltado para o propósito da sua vida: amar-nos infinitamente na Cruz. O amor de Cristo não é algo meramente romântico; é morte e vida; é algo dramático; é um batismo no qual somos imersos, para que morra algo, e do qual ressurgimos, para que algo nasça; é fogo que queima e purifica o pecado, mas que nos aquece e nos dá a graça de amar.

Logo, os egoístas que não desejam ser aquecidos por esse fogo abrasador nem querem ser transpassados pela necessidade de matar o homem velho, a fim de nascer algo novo, ficarão para trás. Existem convites na vida que dividem as pessoas, e são eles que separarão os que vão realizar grandes feitos e boas obras, seguindo sua missão, e os que não se importam com nada e preferem ficar acomodados em sua preguiça.

Jesus causa divisão exatamente pelo fato de que, diante dele, é impossível ficar sem resposta. Uma vez interpelados por Ele, decidimos o nosso destino: aqueles que aceitaram e aqueles que recusaram; aqueles que se deixaram queimar pelo fogo, purificando-se e ardendo de amor, e aqueles que, ao sentirem a proximidade das chamas, afastaram-se e se recusaram a entrar no processo de transformação.

Nosso Senhor realmente veio separar, na humanidade, o grupo dos bem-aventurados, que acolhem o seu chamado, e do dos miseráveis, que se recusam e ficam nas trevas. Contudo, que alegria saber que podemos dizer sim e estar entre os eleitos, entre os que, por graça e misericórdia de Deus, têm fé e acolhem o seu chamado.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 23/10/2025

São João de Capistrano (Memória Facultativa)
Local: Ujlac, Hungria
Data: 23 de Outubro † 1456


Vida agitada, atividade prodigiosa e rigor de penitência marcaram a existência de São João de Capistrano, um dos maiores astros da santidade do século XV.

João nasceu em Capistrano, nos Abruzos, perto de Nápoles na Itália, em 1386. Muito talentoso, cursou os estudos jurídicos em Perusa. Desempenhou com brilho o cargo de juiz de direito em Perusa, e uma nobre família lhe ofereceu uma filha como esposa. Pouco depois, apesar da pouca idade, foi nomeado governador de Perusa. Intrigas políticas e invasão armada de tropas napolitanas o levaram à prisão, onde sofreu forte crise religiosa que o levou a trocar a vida agitada que levava pela tranquilidade do convento.

Já com 30 anos de idade, João vestiu o hábito franciscano em Perusa. Como se comportou diante da jovem esposa não está muito claro. Há quem diga que ela tinha falecido; outro autor fala que ela ainda teria sido apenas namorada.

Para ser aceito à profissão na Ordem Franciscana ele teve que passar por duras provas. No entanto, João estava destinado a tomar parte nos grandes acontecimentos que agitavam a Ordem Franciscana e a sociedade. João de Capistrano viveu nos tempos difíceis do "grande cisma", da peste negra, da guerra dos cem anos, da ameaça dos turcos contra a Europa e das tentativas de desunião no seio da própria Ordem Franciscana. Com os franciscanos São Bernardino de Sena e São Tiago das Marcas seria um dos grandes responsáveis pelo movimento de afervoramento do espírito de São Francisco dentro da sua Ordem com a denominação de "Observância".

Desde sua ordenação sacerdotal em 1415, João de Capistrano dedicou-se com grande sucesso ao apostolado da palavra como missionário. Vários papas confiaram-lhe missões delicadas como a de combater os hereges "Fraticelli" na Itália, de convencer os armênios, separados de Roma, a enviar representantes ao concílio unionista de Florença e de promover uma cruzada contra os turcos. Foi enviado ao Oriente como visitador da Ordem. Depois do Concílio de Florença, foi nomeado núncio apostólico na Sicília e ainda legado na França, junto à corte de Carlos VII. Foi missionário na Alemanha, na Áustria, na Polônia e na Hungria. João passou os últimos cinco anos de vida em território do Império Alemão, promovendo a paz entre os príncipes cristãos, combatendo os adeptos de João Huss na Boêmia. O último grande feito do pregador diz respeito a toda a Europa. Desde a queda de Constantinopla em 1453, os turcos que a conquistaram, extinguindo o Império Cristão do Oriente, começaram a ameaçar a Europa através da Hungria, que, conquistada, serviria de trampolim para o resto da Europa. Em nome do papa Nicolau V, João esteve na assembleia reunida em Budapeste, em meados de 1455, concitando os cristãos a tomarem armas para defenderem a Europa. Sob o comando de João Huniade, deu-se a grande vitória do exército cristão, a 14 de julho, junto a Belgrado. Em memória desta vitória foi instituída no Ocidente a festa da Transfiguração do Senhor.

Três meses depois, consumido de trabalho e devorado por febre contínua, João de Capistrano vinha a falecer em território croata aos 23 de outubro de 1456. Apesar de homem de ação prodigiosa, de suas contínuas viagens através de toda a Europa, andando de pés descalços, João foi também escritor fecundo. O que o levou à honra dos altares não foi propriamente a intensa atividade missionária. Ele foi, antes de tudo, um homem de Deus, um frade profundamente asceta consigo mesmo, animado por profunda devoção ao santo nome de Jesus, característica do seu mestre São Bernardino de Sena, a quem defendeu com veemência diante de acusações em relação ao culto ao Santíssimo Nome de Jesus. João de Capistrano fez da ação ato de amor, e do amor, móvel de ação. Foi canonizado em 1724, constituído patrono dos capelães militares.

A Oração coleta faz memória de São João de Capistrano como confortador da cristandade aflita. Foi também grande promotor da paz, sobretudo como delegado de papas, no seio da Igreja e na própria Ordem. Por isso a Igreja pede que a guarde em constante paz. O santo distinguiu-se ainda como ardente defensor da fé cristã.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João de Capistrano, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil