4ª feira da 11ª Semana do Tempo Comum
Antífona de entrada
Vernáculo:
Escutai, Senhor, a voz do meu apelo. Sede meu amparo; não me rejeiteis, nem me abandoneis, ó Deus meu Salvador. (Cf. MR: Sl 26, 7. 9) Sl. O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? (Cf. LH: Sl 26, 1)
Coleta
Ó Deus, força daqueles que em vós esperam, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme a vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — 2Cor 9, 6-11
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos, 6“quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”. 7Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”.
8Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”.
10Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça. 11Assim, ficareis enriquecidos em tudo e podereis praticar toda espécie de liberalidade, que, através de nós, resultará em ação de graças a Deus.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 111(112), 1-2. 3-4. 9 (R. 1a)
℟. Feliz aquele que respeita o Senhor!
— Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! ℟.
— Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. ℟.
— Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder. ℟.
℣. Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos. (Jo 14, 23) ℟.
Evangelho — Mt 6, 1-6. 16-18
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
Benedicam Dominum qui mihi tribuit intellectum. Providebam Deum in conspectu meo semper: quoniam a dextris est mihi ne commovear. (Ps. 15, 7. 8)
Vernáculo:
Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo. (Cf. LH: Sl 15, 7. 8)
Sobre as Oferendas
Ó Deus, com estes dons alimentais nossa vida e a renovais pelo sacramento. Concedei, nós vos pedimos, que nunca falte este auxílio ao nosso corpo e à nossa alma. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Pai santo, guarda-os em teu nome, aqueles que me deste, para que sejam um como nós, diz o Senhor. (Cf. Jo 17, 11)
Vernáculo:
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida. (Cf. LH: Sl 26, 4)
Depois da Comunhão
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios, sinal da nossa união convosco, realize a unidade na vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 18/06/2025
Humildade: um remédio contra as distrações
A oração é um exercício de humildade e perseverança: humildade de encontrar-se com a própria miséria, sem ilusões e vaidosas expectativas; e de perseverança em não se deixar desanimar pelas dificuldades do caminho.
No Sermão da Montanha, ao abordar o gravíssimo dever da oração, Cristo nos ensina a fugir, antes de tudo, à jactância dos fariseus e aos discursos excessivos dos pagãos (v. 5-8); por fim, propõe-nos o mais perfeito modelo de oração vocal, que é o Pai-nosso (v. 9-15).
Vícios a serem evitados na oração (v. 5-8). — São dois, como dito acima: a ostentação e os discursos em excesso. O Evangelho de hoje nos fala apenas do primeiro. Com efeito, os hipócritas amam ir às “sinagogas e esquinas das praças” (ἐν ταῖς γωνίαις τῶν πλατειῶν), isto é, aos lugares mais conspícuos e frequentados, e ali “rezar de pé”, segundo o rito judaico (cf. 1Sm 1, 26; 2Sm 8, 22; Mc 11, 25; Lc 18, 11.13), “para serem vistos pelos homens” e louvados por sua aparência de devoção, reverência e oração frequente. “Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto”, isto é, foge a esta vã ostentação de religiosidade, “fecha a porta, e reza” em segredo. Com isso, Jesus não condena o costume de rezar em público ou em comunidade, mas a intenção de o fazer apenas para ser visto pelos outros. Assim, “o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”, como se Ele mesmo se fizesse devedor dos que, buscando orar bem, o honram com uma oração sincera e humilde.
Humildade e oração. — Ora, esta humildade que o Senhor nos recomenda de forma expressa contra a vaidade dos fariseus se aplica não só à discrição com que devemos rezar exteriormente, mas também à perseverança com que devemos suportar, ao longo de toda a nossa caminhada espiritual, problemas como a aridez e as distrações. Temos de ser conscientes de que a oração, para ser um encontro com a misericórdia de Deus, deve ser antes um encontro com a nossa própria miséria. O Senhor resiste aos soberbos, como diz a Escritura, mas dá sua graça aos humildes, isto é, aos que dele se aproximam rebaixados, sem presunções nem uma elevada e desmedida estima das próprias qualidades, confiantes não na própria virtude e devoção, mas única e exclusivamente no auxílio da graça divina. Se queremos que a nossa oração encontre em Deus bons ouvidos e que Ele nos vá levando, a pouco e pouco, pelas sendas da perfeição cristã, não assumamos ares presumidos nem pensemos que, de um dia para outro, nos tornaremos tão perfeitos como os maiores santos. Sejamos, pois, humildes na nossa oração diária: seja ela constante, simples, humilhada, como uma confissão diária da nossa impotência e total dependência do beneplácito e das graças de Deus. E o nosso Pai, que vê o nada que somos, virá em socorro da nossa pobreza.
Deus abençoe você!
Santo do dia 18/06/2025
São Gregório Barbarigo, Bispo (Memória Facultativa)
Local: Pádua, Itália
Data: 18 de Junho † 1697
Gregório passou cedo por sofrimentos, quando, com apenas dois anos, perdeu sua mãe por causa da peste. Seu pai, senador da República de Veneza, - onde o futuro santo nasceu em 1625 - o enviou, em 1643, com o embaixador veneziano, Alvise Contarini, a Münster, Alemanha, onde estava em andamento o plano de Paz Westfália, que colocaria um ponto final na sangrenta Guerra dos Trinta Anos. Ali, deu-se um acontecimento decisivo para a vida do jovem Gregório: o encontro com o Cardeal Fábio Chigi, futuro Papa Alexandre VII.
Ao terminar seus estudos em Pádua, com 30 anos, Gregório tornou-se sacerdote. Alexandre VII convocou-o a Roma e, com o surto da peste, confiou-lhe a coordenação da assistência aos doentes, cujo encargo assumiu e realizou com muito amor e dedicação.
A confiança que o Papa Alexandre VII mantinha em Gregório, foi reconfirmada com a sua nomeação, em 1657, como guia da diocese de Bergamo. Após alguns anos, em 1664, foi-lhe confiada também a diocese de Pádua. Seu “estilo” de vida, em ambos os casos, era inspirado em São Carlos Borromeu, que, para ele, foi um modelo: antes de tudo, Gregório vendeu todos os seus bens para ajudar os pobres.
Gregório Barbarigo visitou cada uma das paróquias das suas dioceses: prestou assistência aos moribundos; difundiu a imprensa católica entre o povo; hospedava-se nas casas dos pobres. Durante o dia, ensinava catecismo às crianças e, à noite, se dedicava à oração. Em seu coração, a formação dos sacerdotes ocupava uma posição central, com a qual se comprometia, profundamente, no Seminário de Pádua, considerado um dos melhores da Europa.
Outro aspecto importante da missão de São Gregório Barbarigo foi a reunificação com as Igrejas Orientais.
Após seu ministério episcopal em Bergamo e antes de começar sua missão em Pádua, Gregório quis passar mais um tempo em Roma.
Em 1658, foi criado Cardeal pelo Papa Alexandre VII. Naqueles anos, participou de vários Conclaves e Inocêncio XI o escolheu como Conselheiro. Assim, Gregório trabalhou para a reunificação com as Igrejas Orientais. Era muito estimado pelos Papas e amado pelo povo.
São Gregório Barbarigo faleceu em Pádua, em 1697, e foi beatificado em 1761. Sua santificação deu-se em 1960, pelo Papa João XXIII, natural da província de Bergamo, que, anos antes, foi um dos signatários em seu processo de Canonização.
Fonte: vaticannews.va
São Gregório Barbarigo, rogai por nós!