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SS. André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, Presbíteros, Mateus Moreira e Comp., Mártires, Memória

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Antífona de entrada

Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro. (Ap 7, 14)
Iusti epuléntur, et exsúltent in conspéctu Dei: delecténtur in laetítia. Ps. Exsúrgat Deus, et dissipéntur inimíci eius: et fúgiant qui odérunt eum, a fácie eius. (Ps. 67, 4 et 2)
Vernáculo:
Mas os justos se alegram na presença do Senhor rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Sl. Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! (Cf. LH: Sl 67, 4 e 2)

Coleta

Ó Deus, concedestes admirável constância no martírio aos Santos André e Ambrósio, presbíteros, Mateus Moreira e seus companheiros leigos; fazei que o seu testemunho de fé fortaleça as nossas comunidades e estimule a ação missionária de vossa Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Br 1, 15-22


Leitura do Livro de Baruc


15Ao Senhor nosso Deus, cabe justiça; enquanto a nós, resta-nos corar de vergonha, como acontece no dia de hoje aos homens de Judá e aos habitantes de Jerusalém, 16aos nossos reis, nossos príncipes e sacerdotes, aos nossos profetas e nossos antepassados: 17pois pecamos diante do Senhor e lhe desobedecemos 18e não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, que nos exortava a viver de acordo com os mandamentos que ele pôs sob os nossos olhos. 19Desde o dia em que o Senhor tirou nossos pais do Egito, até hoje, temos sido desobedientes ao Senhor nosso Deus, procedemos inconsideradamente, deixando de ouvir sua voz; 20por isso perseguem-nos as calamidades e a maldição, que o Senhor nos lançou por meio de Moisés, seu servo, no dia em que tirou nossos pais do Egito, para nos dar uma terra que mana leite e mel, como de fato é hoje. 21Mas não escutamos a voz do Senhor, nosso Deus, como vem nas palavras dos profetas que ele nos enviou, 22e entregamo-nos, cada qual, às inclinações do perverso coração, para servir a outros deuses e praticar o mal aos olhos do Senhor, nosso Deus!

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.

Salmo Responsorial — Sl 78(79), 1-2. 3-5. 8. 9 (R. 9b)


℟. Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!


— Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo, Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos. ℟.

— Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera? ℟.

— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo. ℟.

— Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados! ℟.


https://youtu.be/ZS7fvJQTWQo
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Cf. Sl 94, 8ab) ℟.

Evangelho — Lc 10, 13-16


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Anima nostra, sicut passer, erépta est de láqueo venántium: láqueus contrítus est, et nos liberáti sumus. (Ps. 123, 7)


Vernáculo:
Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. (Cf. LH: Sl 123, 7)

Sobre as Oferendas

Pai santo, aceitai as oferendas que vos apresentamos na comemoração dos Protomártires do Brasil, e a nós, vossos servos e servas, concedei a graça de permanecer firmes na confissão do vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto. (Jo 12, 24)
Dico autem vobis amícis meis: ne terreámini ab his, qui vos persequúntur. (Lc. 12, 4; ℣. Ps. 33, 2. 6. 16. 18. 19. 20. 21. 23)
Vernáculo:
A vós, meus amigos, eu digo: não tenhais medo dos que vos perseguem. (Cf. MR: Lc 12, 4)

Depois da Comunhão

Recebemos, ó Deus, os dons celestes, alegrando-nos pela festa de hoje. Assim como anunciamos nesta Eucaristia a morte do vosso Filho, possamos participar, com os santos mártires, de sua ressurreição e de sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/10/2025


O coração de quem não crê


De nada adianta ver milagres e portentos, porque um coração que não crê acaba se endurecendo, e a palavra de Deus, que antes lhe podia servir de remédio, converte-se para ele em motivo de condenação.

No Evangelho de hoje, Nosso Senhor dirige palavras duras a algumas cidades que, tendo ouvido a pregação evangélica da boca do próprio Verbo encarnado e de seus Apóstolos, preferiram persistir em seus pecados e fechar os ouvidos ao chamado de Deus: "Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!" Ora, a razão desta séria repreensão de Cristo se deve à dureza de coração com que os habitantes das duas cidades se portaram ante o anúncio do Reino. Nem os milagres, diz o Senhor, foram o bastante para que eles se convertessem, pois, à semelhança do faraó a que Moisés se dirigira, ouviram sem fé a palavra de Deus e se obstinaram em sua surdez e dureza de alma. Diante disso, poder-se-ia dizer, num certo sentido, que é até melhor não receber a palavra de Deus e, assim, permanecer na ignorância do que, tendo-a recebido, tratá-la com despeito e incredulidade. É a fé que nos proporciona a vida eterna, começada em germe já neste mundo, de maneira que, privados dela, não podemos agradar a Deus (cf. Hb 11, 6), chegar ao consórcio de filhos e alcançar por fim a salvação eterna (cf. Mt 10, 22; 24, 13). Por isso, acolhamos com fé viva e esperançosa a palavra do Senhor, que nos vem através de sua única Igreja — santa, católica, apostólica e romana —, e deixemos que ele configure à imagem do seu o nosso pobre e miserável coração.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 03/10/2025

Santo André de Soveral, Ambrósio Ferro e companheiros (Memória)
Local: Rio Grande do Norte, Brasil
Data: 03 de Outubro † 1645


São 28 os companheiros mártires leigos, homens, mulheres e crianças. Eles são conhecidos também como os Mártires do Rio Grande do Norte ou os protomártires do Brasil.

Estamos no Brasil, Colônia de Portugal do século XVII. Também a capitania do Rio Grande, atual Estado do Rio Grande do Norte, foi invadida pelos holandeses, atraídos pela produção canavieira.

No dia 16 de julho de 1645, os holandeses, que ocupavam o Nordeste do Brasil, chegaram a Cunhaú, no Rio Grande do Norte, onde residiam vários colonos ao redor do engenho, ocupados no plantio da cana-de-açúcar. Era domingo e a comunidade estava reunida para a missa na capela da casa-grande, dedicada a Nossa Senhora das Candeias. A capela foi cercada e invadida por soldados e índios que trucidaram os que aí estavam. Os membros da Comunidade não opuseram resistência aos agressores e entregaram piedosamente suas almas ao Criador. Dentre os martirizados, ficaram na história o padre André de Soveral e o leigo Domingos de Carvalho.

Aterrorizados com o acontecimento de Cunhaú, o padre Ambrósio Francisco Ferro e outros moradores da capitania solicitaram abrigo no Forte dos Reis Magos. Outras pessoas, não podendo asilar-se no forte, providenciaram a construção de abrigos improvisados na localidade denominada Potengi, distante 25km da Fortaleza dos Reis Magos. Os flamengos deixaram Cunhaú e atingiram Potengi e, após porem cerco à resistência dos moradores refugiados, conseguiram rendê-los e conduzi-los à fortaleza dos Reis Magos. Chegou ao forte ordem do Alto e Secreto Conselho do Recife, órgão de domínio do Brasil holandês, para executar imediatamente os rebeldes.

O primeiro grupo executado foi aquele do qual participava o padre Ambrósio junto com outras pessoas de destaque na cidade. Era o dia 3 de outubro de 1645, quando o grupo composto de doze pessoas foi conduzido ao porto de Uruaçu, a 18km da Fortaleza dos Reis Magos. No porto, tudo já estava preparado para a execução, comandada pelo chefe potiguar Antônio Paraopaba, o qual, embora indígena, fora educado na Holanda e se convertera à Igreja reformada.

Quando os condenados chegaram, receberam ordens para se despirem e se ajoelharem. Os holandeses, de religião calvinista, trouxeram um pastor protestante para demovê-los de sua fé católica. Todos resistiram a esta tentativa e foram barbaramente mortos. Entre eles estava Mateus Moreira que, ao lhe ser arrancado o coração pelas costas, morreu exclamando: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento". O segundo grupo foi executado no mesmo local, com a mesma crueldade e violência. Entre os mortos encontravam-se algumas mulheres e crianças.

Forte é a relação dos mártires com a Eucaristia. Uns foram mortos durante a Missa, Mateus Moreira morreu louvando o Santíssimo Sacramento. Vida eucarística e martírio têm em comum o testemunho do Senhor Jesus.

O caso dos mártires de Cunhaú e de Uruaçu leva a vários questionamentos. Entre eles, a tolerância religiosa. A religião que leva a atentar contra a vida não pode ser verdadeira religião. Note-se também que por trás dos atos dos cristãos reformados que assassinaram os mártires de Cunhaú e Uruaçu havia fortes interesses econômicos. A religião, quando se torna serva de grupos econômicos, deixa de servir a Deus.

A mensagem que esses mártires legaram é que vale a pena dar a vida por causa do Evangelho. Por outro lado, leva-nos a notar que a religião de Jesus não é a da dominação, da morte, da exploração, mas da vida e do amor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo André de Soveral, Ambrósio Ferro e companheiros, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil