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São Francisco de Assis, Religioso, Memória

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Antífona de entrada

Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa, abandonou sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu.
Nos autem gloriári opórtet, in cruce Dómini nostri Iesu Christi: in quo est salus, vita, et resurréctio nostra: per quem salváti, et liberáti sumus. Ps. Voce mea ad Dóminum clamo, voce mea ad Dóminum déprecor. (Cf. Gal. 6, 14; Ps. 141)
Vernáculo:
Nós, porém, devemos gloriar-nos na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo; nele está a salvação, nossa vida e ressurreição; por ele somos salvos e libertos. (Cf. MR: Gl 6, 14) Sl. Em voz alta ao Senhor eu imploro, em voz alta suplico ao Senhor! (Cf. LH: Sl 141, 2)

Coleta

Ó Deus, que concedestes a São Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo na pobreza e na humildade; concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho e vivamos unidos a vós na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Br 4, 5-12. 27-29


Leitura do Livro de Baruc


5Coragem, meu povo, que sois a lembrança viva de Israel: 6fostes vendido às nações, mas não para serdes exterminados; por terdes provocado a ira de Deus é que fostes entregues aos inimigos. 7Exasperastes Aquele que vos criou, oferecendo sacrifícios aos demônios, e não a Deus. 8Esquecestes o Deus que vos alimentou, o Deus eterno, e entristecestes aquela que vos nutriu, Jerusalém. 9Ela viu desabar sobre vós a ira de Deus e disse: “Escutai, vizinhas de Sião: Deus fez cair sobre mim uma grande aflição. 10Eu vi o cativeiro de meus filhos e filhas, que o Eterno lhes infligiu. 11Eu os havia criado com alegria; com lágrimas e luto os vi partir. 12Ninguém se alegre por ver-me viúva e abandonada por muitos! Por causa dos pecados de meus filhos, fiquei deserta; eles se desviaram da lei de Deus. 27Animai-vos, meus filhos, e clamai a Deus; ele, que vos fez sofrer, há de lembrar-se de vós. 28Como por livre vontade vos desviastes de Deus, agora, voltando, buscai-o com zelo dez vezes maior; 29aquele que trouxe sofrimento para vós, para vós trará, com a vossa salvação, eterna alegria”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 68(69), 33-35. 36-37 (R. 34a)


℟. Nosso Deus atende a prece dos seus pobres.


— Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos. Que céus e terra glorifiquem o Senhor com o mar e todo ser que neles vive! ℟.

— Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, reconstruindo as cidades de Judá, onde os pobres morarão, sendo seus donos. A descendência de seus servos há de herdá-las, e os que amam o santo nome do Senhor dentro delas fixarão sua morada! ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Cf. Mt 11, 25) ℟.

Evangelho — Lc 10, 17-24


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 17os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: “Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome”. 18Jesus respondeu: “Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”. 21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)


Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)

Sobre as Oferendas

Senhor, ao apresentarmos as nossas oferendas, nós vos pedimos a graça de celebrar dignamente o mistério da cruz que, com tanto ardor, São Francisco de Assis abraçou. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bem-aventurados os pobres no espírito, pois deles é o reino dos céus. (Mt 5, 3)
Fidélis servus et prudens, quem constítuit Dóminus super famíliam suam: ut det illis in témpore trítici mensúram. (Lc. 12, 42; ℣. Ps. 141, 2. 3. 4. 6. 7ab. 7cd. 8ab. 8cd)
Vernáculo:
Eis o servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou a sua família para dar-lhe alimento no tempo oportuno. (Cf. MR: Lc 12, 42)

Depois da Comunhão

Senhor, pela comunhão que recebemos, concedei-nos imitar a caridade e o zelo apostólico de São Francisco de Assis, para que sintamos em nós a ternura do vosso amor e nos entreguemos inteiramente pela salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 04/10/2025


A razão pela qual devemos nos alegrar


“Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no Céu.”

No Evangelho de hoje, Jesus recebe de volta os setenta e dois discípulos que Ele mandou como missionários. Eles contam, exultantes, que até os demônios obedecem-nos por causa de seu Nome, e Jesus responde dizendo que viu Satanás cair do Céu como um relâmpago, prevendo assim o que aconteceria plenamente com sua vitória na Cruz.No entanto, depois dessa resposta, surge um contraste, pois Nosso Senhor, ao mesmo tempo em que lhes dá o poder de pisar em cima de toda força do inimigo, também diz para não se alegrarem com isso. Primeiro, precisamos compreender que o poder que aqueles que têm fé e são batizados recebem sobre a realidade infernal vem de Jesus, e não de si mesmos. Nosso Senhor, porém, pede para eles não se alegrarem com esse dom, mas, sim, com algo muito maior que a simples vitória sobre Satanás, o fato de que nós veremos a Deus face a face: “Antes, ficai alegres porque os vossos nomes estão escritos no Céu”. (Lc 10, 17-21)Logo, quase que interiormente obedecendo àquilo que Ele mesmo disse, Jesus exulta no Espírito Santo e se alegra, dizendo: “Eu te louvo, Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10, 17-22). Eis o contraste entre Satanás — que, em sua soberba, caiu do Céu como um raio e nunca mais verá a Deus — e nós, pequenos e miseráveis — que somos chamados a estar no Céu junto de Deus. Foi por pura inveja que Satanás fez os nossos primeiros pais pecarem e é, por isso, que ele e seus demônios querem nos levar para o Inferno. Mas se mantivermos os olhos fixos em nossa vocação verdadeira e na visão beatífica que nos espera no Céu — que só alcançaremos com um progresso na vida de santidade —, nada neste mundo será capaz de nos perturbar.Façamos a seguinte comparação: se temos a certeza de que o sol brilha lá em cima no céu, nenhuma nuvem, tempestade, raio, vendaval ou dilúvio poderá abalar essa verdade que brilha em nosso interior. Ora, vivemos constantemente uma luta terrível contra os demônios, mas sabemos que, lá no Céu, existe algo luminoso que não é atingido por nada deste mundo: a felicidade do Céu, que não é diminuída nem chamuscada por nossas lutas. Como diz São Paulo: “Quem nos separará do amor que Deus revelou em Cristo Jesus?” (Rm 8, 35). Nem a morte, a dor, a pobreza, a perseguição e Satanás com todos os seus demônios serão capazes de nos separar desse amor e dessa vocação. Por isso, alegremo-nos e exultemos; pois os nossos nomes estão escritos no Céu.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 04/10/2025

São Francisco de Assis (Memória)
Local: Assis, Itália
Data: 04 de Outubro † 1226


São Francisco nasceu em Assis, cidade medieval da Úmbria, no centro da Itália, em 1182. O pai, notável comerciante, ambicionava que seu filho continuasse na mesma carreira, mas Francisco não possuía o perfil de comerciante. De gênio alegre e folgazão, sentia em si um forte pendor para os prazeres do mundo.

Quando jovem, sonhou com as glórias militares. Participou de uma guerra entre a cidade de Assis e a vizinha cidade de Perugia, mas não foi feliz. Acabou sendo preso e colocado em dura prisão, onde ficou sofrendo por um ano. Quando dava início a outra aventura militar, sentiu repentina crise de consciência que lhe questionava a validade das ações militares. Voltou logo para sua cidade natal e, aos poucos, foi amadurecendo nele uma radical conversão: Deus o chamava, não às vaidades do mundo, não à glória militar, nem à ambição do comércio, mas à imitação radical do Cristo pobre e crucificado. Depois de usar de misericórdia para com os leprosos (Testamento), converteu-se ao Evangelho e viveu-o com extrema coerência, em pobreza e grande alegria, seguindo o Cristo humilde, pobre e casto, conforme as bem-aventuranças.

A partir de 1208 começou a ser imitado por alguns seguidores e, quando no ano seguinte Inocêncio III aprovava oralmente seu novo estilo de vida cristã, nascia a Ordem dos Frades Menores. A Regra ou Forma de Vida que ele deixou era simples: Vida de oração e contemplação, pobreza, como imitação do Cristo pobre e humilde, no mistério da Encarnação, da Cruz e da Eucaristia, a fraternidade universal, a vida de penitência ou de conversão evangélica permanente e a pregação do Evangelho, tendo como centro o Amor a Deus e ao próximo.

Com a jovem conterrânea Clara, que quis seguir seu ideal, lançou os fundamentos da Ordem II, a das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221 nascia também, à sua sombra, o movimento de leigos denominado Ordem Terceira, hoje, Ordem Franciscana Secular. Dois anos antes da morte selou, por assim dizer, sua ânsia de semelhança com Jesus Cristo através dos estigmas. Seus últimos anos de vida foram atormentados por várias doenças que culminaram na cegueira quase total. Faleceu na tarde do dia 3 de outubro de 1226 com 44 anos de idade.

São Francisco é, sem dúvida, uma das mais atraentes personalidades da história, um patrimônio de toda a humanidade, homem sem fronteiras que tem atraído a simpatia de todos indistintamente. Já os contemporâneos se impressionaram profundamente com ele. Nos primeiros decênios depois de sua morte os escritores se empenharam em descrever o mistério de sua vida tão rica. Hoje ainda ele continua a entusiasmar os estudiosos. É difícil dizer o que mais fascina em São Francisco. Foi, sem dúvida, o homem apaixonado pelo Deus-Amor, a quem quis corresponder com uma resposta de Amor. É visto como Evangelho vivo. Multidões o contemplam como o "Pobrezinho", o irmão universal. O historiador alemão Joseph Lortz deu-lhe o título de "Santo Incomparável".

É significativo que o santo não é caracterizado, não é colocado em nenhum grupo de santos. Não é apresentado como religioso nem como diácono. Talvez, qualquer caracterização reduzisse a grandeza deste santo universal, "o homem de Deus".

Como é que o apresenta a Liturgia? Homem de Deus, pobre e desvalido (Antífona da Entrada). Homem semelhante a Cristo por uma vida de humildade e pobreza, seguidor de Jesus Cristo na perfeita alegria (Oração coleta). A Oração sobre as oferendas lança Francisco no mistério da Cruz, abraçado com intenso amor. A Antífona da Comunhão volta à bem-aventurança da pobreza vivida por Francisco. A Oração depois da Comunhão volta a realçar o grande amor de São Francisco, chamado na Ordem o Serafim de Assis, e o seu zelo apostólico no empenho pela salvação de todos.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Francisco de Assis, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil