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3ª feira da 2ª Semana do Advento

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Memória Facultativa

Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto

Antífona de entrada

Eis que o Senhor virá e com ele todos os seus santos, e naquele dia brilhará uma grande luz. (Cf. Zc 14, 5. 7)
Populus Sion, ecce Dóminus véniet ad salvándas gentes: et audítam fáciet Dóminus glóriam vocis suae, in laetítia cordis vestri. Ps. Qui regis Israel, inténde: qui dedúcis velut ovem Ioseph. (Cf. Is. 30, 19. 30; Ps. 79)
Vernáculo:
Povo de Sião, o Senhor vem para salvar as nações; e, na alegria do vosso coração, soará majestosa a sua voz. (Cf. MR: Is 30, 19. 30) Sl. Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós, que a José apascentais qual um rebanho! (Cf. LH: Sl 79)

Coleta

Ó Deus, que manifestastes a vossa salvação até os confins da terra, dai-nos esperar com alegria a glória do Natal do vosso Filho. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos do séculos.

Primeira Leitura — Is 40, 1-11


Leitura do Livro do Profeta Isaías


1Consolai o meu povo, consolai-o! — diz o vosso Deus. 2Falai ao coração de Jerusalém e dizei em alta voz que sua servidão acabou e a expiação de suas culpas foi cumprida; ela recebeu das mãos do Senhor o dobro por todos os seus pecados. 3Grita uma voz: “preparai no deserto o caminho do Senhor, aplainai na solidão a estrada de nosso Deus. 4Nivelem-se todos os vales, rebaixem-se todos os montes e colinas; endireite-se o que é torto e alisem-se as asperezas: 5a glória do Senhor então se manifestará, e todos os homens verão juntamente o que a boca do Senhor falou”.

6Dizia uma voz: “Grita!” E respondi: “O que devo gritar?” A criatura humana é feno, toda a sua glória é como flor do campo; 7seca o feno, murcha a flor ao soprar o Senhor sobre eles. Sim, o povo é feno. 8Seca o feno, murcha a flor, mas a palavra de nosso Deus fica para sempre. 9Sobe a um alto monte, tu, que trazes a boa nova a Sião; levanta com força a tua voz, tu, que trazes a boa nova a Jerusalém, ergue a voz, não temas; dize às cidades de Judá: “Eis o vosso Deus, 10eis que o Senhor Deus vem com poder, seu braço tudo domina: eis, com ele, sua conquista, eis à sua frente a vitória. 11Como um pastor, ele apascenta o rebanho, reúne, com a força dos braços, os cordeiros e carrega-os ao colo; ele mesmo tange as ovelhas-mães”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 95(96), 1-2. 3 e 10ac. 11-12. 13 (R. Is 40, 9-10)


℟. Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação. ℟.

— Manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” E os povos ele julga com justiça. ℟.

— O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas. ℟.

— Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade. ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Está perto o dia do Senhor, ele mesmo virá para salvar-nos! ℟.

Evangelho — Mt 18, 12-14


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?

13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Deus tu convértens vivificábis nos, et plebs tua laetábitur in te: osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam, et salutáre tuum da nobis. (Ps. 84, 7-8)


Vernáculo:
Não vireis restituir a nossa vida, para que em vós se rejubile o vosso povo? Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, concedei-nos também vossa salvação! (Cf. LH: Sl 84, 7-8)

Sobre as Oferendas

Aceitai, Senhor, com bondade as nossas humildes preces e oferendas; e como não podemos invocar os nossos méritos, socorrei-nos com o remédio da vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O Senhor, justo juiz, dará a coroa da justiça aos que esperam com amor a sua vinda. (Cf. 2Tm 4, 8)
Revelábitur glória Dómini: et vidébit omnis caro salutáre Dei nostri. (Cf. Is. 40, 5; ℣. Ps. 23, 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8)
Vernáculo:
Será então revelada a glória do Senhor e toda carne verá o que a boca do Senhor falou! (Cf. Bíblia CNBB: Is 40, 5)

Depois da Comunhão

Nós vos suplicamos, Senhor, que, saciados com o alimento espiritual, pela participação nestes santos mistérios, nos ensineis a apreciar com sabedoria as coisas terrenas e colocar nossas esperanças nos bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 10/12/2024


Quem é a ovelha perdida?


Todos nós, descendentes de Adão, somos aquela única ovelha perdida que Deus, fazendo-se homem, veio buscar e salvar, para que não a devorassem as feras do campo.

1. Ocasião. — De acordo com o evangelista S. Mateus (cf. Mt 18, 10-11), Cristo contou a parábola da ovelha perdida aos seus discípulos (cf. Mt 18, 1) para adverti-los contra o perigo de escandalizarem os pequeninos, pois é vontade do Pai celeste que não se perca um só deles (cf. Mt 18, 14). De acordo com o evangelista S. Lucas (cf. Lc 15, 1-3), no entanto, as parábolas da ovelha desgarrada, da dracma perdida e do filho pródigo foram proferidas quando alguns fariseus e escribas murmuravam da misericórdia e da benignidade do Senhor para com os pecadores. Apesar do aparente conflito, ambos os testemunhos são verdadeiros. Com efeito, a parábola da ovelha perdida é de tal índole e de tamanha beleza, além de ser muito familiar à mentalidade judaica, que Jesus a deve ter contado não uma, mas várias vezes.

2. Duas comparações. — a) A ovelha perdida (cf. Mt 18, 12-13; Lc 15, 4-6). A comparação proposta por Cristo é tão simples e transparente que dispensa explicações. Um pastor leva cem ovelhas ao pasto (S. Mateus diz “na montanha”, enquanto S. Lucas se refere a um “deserto”). Se acontecer de uma delas desgarrar-se do rebanho, o pastor deixa no aprisco as outras noventa e nove e sai à procura da que se perdeu. Quando por fim a encontra, põe-na sobre os ombros e volta cheio de júbilo ao rebanho. Alguns exegetas observam que a contraposição entre os números 99 e 1, como forma de realce, é bastante frequente nos ensinamentos rabínicos. — b) A dracma perdida (cf. Lc 15, 8-9). Uma mulher, talvez uma pobre viúva, possuía apenas dez dracmas: se perde uma delas, acende a lâmpada, mesmo que seja de dia, e vasculha diligentemente todos os cantos da casa até a encontrar. Tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas para comunicar-lhes a sua alegria. Trata-se, obviamente, de uma hipérbole usada para descrever, à maneira oriental, um sentimento de contentamento e satisfação.

3. Doutrina espiritual. — “Assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc 15, 7), à semelhança de uma mãe que se alegra mais com a cura de um filho que estava doente do que com a saúde dos que já estavam sãos. Daqui não se pode inferir, porém, que os escribas e fariseus sejam justos de fato, pois Cristo se refere somente aos que são tidos publicamente como pecadores; quantos aos justos, fala deles de forma geral, sem revelar se eram realmente justos os que, como os fariseus, se consideravam tais. Além da alegria que há no céu pela conversão de um pecador, o Senhor também expressa, em cores muito bonitas, a solicitude com que Deus busca por todos os meios reaver uma única alma perdida. Em S. Mateus, a conclusão da parábola reza assim: “Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos” (Mt 18, 14), ou seja: assim como um pastor não mede esforços para que não se perca uma só ovelha, assim também Deus, que tem cuidado até dos mais pequenos, vos adverte seriamente para que não façais perecer, escandalizando-o, a nenhum destes pequeninos.

Também se podem notar os seguintes aspectos: a) Jesus é o Salvador dos pecadores: “Não vim chamar à conversão os justos, mas, sim, os pecadores” (Lc 5, 32). Ele ama e deseja os que estão perdidos; vai-lhes ao encalço; tendo-os achado, põe-nos sobre os ombros e leva-os ao aprisco da Igreja e, cheio de alegria, ordena que no céu se faça festa pela salvação deles. — b) Jesus é o Salvador dos homens, não dos anjos: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas” (Is 53, 6), pois Ele se encarnou para salvar os que, descendentes de Adão, nascemos em pecado e inimizade com Deus, mas que ainda podemos, pela conversão e a graça de Cristo, chegar à salvação no céu. O divino Pastor deixa as noventa e nove ovelhas (os anjos bons, confirmados em graça) e saí à procura da ovelha perdida (todo o gênero humano). Busca-a com grande trabalho (por seu ministério público), coloca-a nos ombros (por sua Paixão e Morte) e, ao cabo, volta cheio de júbilo para casa (por sua Ascensão). A alegria não é mais do que o fruto sazonado da Redenção. — c) A dracma espiritual. Trata-se da alma que, qual uma moeda, traz impressa em si mesma a imagem e semelhança de Deus. Esse cunho, porém, está muitas vezes sujo e corroído pelo pecado, a ponto de ser quase irreconhecível. A Igreja, simbolizada na mulher, busca diligentemente a dracma perdida. Por fim, a conversão dos pecadores deve ser para todos, graças ao vínculo de caridade que nos une num só Corpo, motivo de grande alegria: “Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido” (Lc 15, 9).

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 10/12/2024

Nossa Senhora de Loreto (Memória Facultativa)
Data: 10 de


Trata-se de uma Casa com apenas três paredes, aberta ao mundo e a todas as pessoas. Assim se apresenta a Santa Casa de Nazaré, sob um precioso revestimento de mármore renascentista, a qual, segundo a tradição, foi transportada, "por ministério angélico", em uma rua pública em Loreto. Esta casa terrena, onde a Virgem Maria recebeu o anúncio do Anjo Gabriel e viveu, com Jesus e José, é testemunho do evento mais importante da história: a Encarnação.

As pesquisas históricas, arqueologias e científicas parecem confirmar a sua autenticidade, sancionada, pela primeira vez, em 1310, com a Bula do Papa Clemente V.

Estudos recentes demonstram que as pedras do edifício foram elaboradas segundo o uso dos Natabeus, conhecido na Galileia no tempo de Jesus. Especialistas confirmam que os incisos em grafites nestas pedras são claramente de origem judaico-cristã, e que a argamassa utilizada é desconhecida na construção de edifícios na região italiana das Marcas.

Além do mais, cinco cruzes em tecido, pertencente provavelmente aos Cruzados, e alguns restos de um ovo de avestruz, símbolo do mistério da Encarnação, foram encontrados entre os tijolos da construção da Santa Casa, cujo perímetro corresponde perfeitamente com a dimensão dos alicerces que permaneceram em Nazaré.

Mas, por que só três paredes? Com toda a probabilidade, elas faziam parte da Casa da Virgem, a antecâmara em alvenaria, que dava acesso à parte posterior da gruta, escavada na rocha, ainda hoje venerada na Basílica da Anunciação em Nazaré.

Muitos continuam a se questionar como tenha acontecido o transporte desta relíquia descoberta, que, a olho nu, não parece ser reconstruída, apesar do incêndio desastroso de 1921; aquela catástrofe causou a destruição de parte da decoração pictórica do Santuário e do quadro de madeira original da Senhora Negra.

Segundo a tradição, em 1291, após a expulsão dos Cruzados da Palestina, as paredes da Casa de Nazaré foram transportadas, pela primeira vez, à cidade de Ilíria, na atual Croácia e, em seguida, a Loreto, uma pequena cidade no centro da Itália.

Uma crônica de 1465, narrada por Teramano, diz: "...depois que o povo da Galileia e de Nazaré trocou a religião de Cristo por aquela de Maomé, os Anjos tiraram a mencionada igreja daquele lugar e a transportaram para a Eslavônia. Lá, porém, não foi honrada como convinha à Virgem Maria... Por isso, os Anjos a tiraram daquele lugar e a levaram, por via marítima, até o território de Recanati".

Muitos, hoje, tendem a aceitar a hipótese, avaliada pelo antigo Código “Chartularium culisanense”, segundo a qual os Anjos da tradição, à qual é atribuído o transporte, se referiam à nobre família bizantina de Épiro, chamada Angeli, que, no século XIII, salvou a venerável igrejinha, via marítima, da fúria dos Sarracenos.

No entanto, o perfeito estado de montagem e conservação das pedras manteve viva uma interpretação do transporte, aberta ao sobrenatural.

Causa perplexidade a colocação da Casa de Maria em uma “rua pública”. "Neste aspecto - disse Bento XVI, ao visitar Loreto em 2012 – consiste a mensagem singular desta Casa: não é uma casa particular, mas aberta a todos, situada nos caminhos de todos. Com efeito, estamos a caminho de outra Casa: a Cidade Eterna"!

Fonte: vaticannews.va


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