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3ª feira da 6ª Semana do Tempo Comum

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Antífona de entrada

Sede para mim um Deus protetor e um lugar de refúgio, para me salvar. Porque sois minha força e meu refúgio e, por causa do vosso nome, me guiais e sustentais. (Cf. Sl 30, 3-4)
Esto mihi in Deum protectórem, et in locum refúgii, ut salvum me fácias: quóniam firmaméntum meum, et refúgium meum es tu: et propter nomen tuum dux mihi eris, et enútries me. Ps. In te Dómine sperávi, non confúndar in aetérnum: in iustítia tua líbera me. (Ps. 30, 3. 4 et 2)
Vernáculo:
Sede para mim um Deus protetor e um lugar de refúgio, para me salvar. Porque sois minha força e meu refúgio e, por causa do vosso nome, me guiais e sustentais. (Cf. MR: Sl 30, 3-4) Sl. Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! (Cf. LH: Sl 30, 2)

Coleta

Ó Deus, que prometeis permanecer nos corações retos e sinceros, concedei-nos por vossa graça viver de tal maneira que possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Gn 6, 5-8; 7, 1-5. 10


Leitura do Livro do Gênesis


6, 5O Senhor viu que havia crescido a maldade do homem na terra, e como os projetos do seu coração tendiam sempre para o mal. 6Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem na terra e ficou com o coração muito magoado, 7e disse: “Vou exterminar da face da terra o homem que criei; e com ele, os animais, os répteis e até as aves do céu, pois estou arrependido de os ter feito!”

8Mas Noé encontrou graça aos olhos do Senhor. 7, 1O Senhor disse a Noé: “Entra na arca com toda a tua família, pois tu és o único homem justo que vejo no meio desta geração. 2De todos os animais puros toma sete casais, machos e fêmeas, e dos animais impuros, um casal, macho e fêmea. 3Também das aves do céu tomarás sete casais, machos e fêmeas, para que suas espécies se conservem vivas sobre a face da terra. 4Pois, dentro de sete dias, farei chover sobre a terra, quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da superfície da terra todos os seres vivos que fiz”.

5Noé fez tudo o que o Senhor lhe havia ordenado. 10E, passados os sete dias, caíram sobre a terra as águas do dilúvio.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 28(29), 1a e 2. 3ac-4. 3b e 9b-10 (R. 11b)


℟. Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!


— Filhos de Deus, tributai ao Senhor, tributai-lhe a glória e o poder! Dai-lhe a glória devida ao seu nome; adorai-o com santo ornamento! ℟.

— Eis a voz do Senhor sobre as águas, sua voz sobre as águas imensas! Eis a voz do Senhor com poder! Eis a voz do Senhor majestosa. ℟.

— Sua voz no trovão reboando! No seu templo os fiéis bradam: “Glória!” É o Senhor que domina os dilúvios, o Senhor reinará para sempre! ℟.


https://youtu.be/yubSIAnR0Bw
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Quem me ama realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos. (Jo 14, 23) ℟.

Evangelho — Mc 8, 14-21


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 14os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15Então Jesus os advertiu: “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.

16Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, vós não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?”

Eles responderam: “Doze”. 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: “Sete”. 21Jesus disse: “E vós ainda não compreendeis?”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Benedíctus es Dómine, doce me iustificatiónes tuas: benedíctus es Dómine, doce me iustificatiónes tuas: in lábiis meis pronuntiávi ómnia iudícia oris tui. (Ps. 118, 12. 13)


Vernáculo:
Ó Senhor, vós sois bendito para sempre; os vossos mandamentos ensinai-me! Com meus lábios, ó Senhor, eu enumero os decretos que ditou a vossa boca. (Cf. LH: Sl 118, 12. 13)

Sobre as Oferendas

Este sacrifício, Senhor, nos purifique e renove e seja causa de recompensa eterna para os que fazem a vossa vontade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eles comeram e beberam à vontade. O Senhor satisfizera os seus desejos. (Cf. Sl 77, 29-30)

Ou:


Pois Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. (Jo 3, 16)
Manducavérunt, et saturáti sunt nimis, et desidérium eórum áttulit eis Dóminus: non sunt fraudáti a desidério suo. (Ps. 77, 29. 30; ℣. Ps. 77, 1. 3-4a. 4bcd. 23. 24. 25. 27. 28)
Vernáculo:
Eles comeram e beberam à vontade. O Senhor satisfizera os seus desejos. (Cf. MR: Sl 77, 29-30)

Depois da Comunhão

Senhor, que nos fizestes provar as alegrias do céu, dai-nos desejar sempre o alimento que nos traz a verdadeira vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 18/02/2025


“Por que discutis sobre a falta de pão?”


“Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas?”


Dando continuidade à leitura do Evangelho segundo S. Marcos, acompanhamos Jesus nesta viagem rumo ao porto da fé a que Ele nos vem conduzindo há alguns dias. Fora de Israel, como vimos, o Senhor encontrou gente bem disposta e acolhedora, que o buscou com a simplicidade e a fé que Ele tanto deseja, como a mulher siro-fenícia; na Terra Santa, porém, Ele teve a decepção de ver endurecido o coração do seu próprio povo, sobretudo entre os fariseus. É por isso que Ele torna ao barco, atravessa o mar de Tiberíades e volta ao lugar em que realizara a primeira multiplicação dos pães, para dali se dirigir às fontes do rio Jordão, onde Pedro dará seu testemunho de fé na sua filiação divina. Mas, ao partirem hoje em viagem, os discípulos se esquecem de levar provisões e, ao ouvirem a advertência do Mestre: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus”, a interpretam como uma referência à falta de pão. Diante de tamanha falta de inteligência, que refletia a mesma indisposição de muitos em Israel, o Senhor os repreende, com um tom ora de lástima, ora de desapontamento: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido?” Ou seja, também vós estais preocupados com vossas necessidades, insensíveis às coisas do espírito, mais interessados em estar comigo pelo pão que multiplico do que pela graça da minha presença, bastante para saciar a todo homem? É verdade que, ao contrário dos fariseus, os discípulos já têm aqui um princípio de fé, mas não é ainda aquela fé luminosa que professará Pedro dentro de alguns dias, não por força da carne e do sangue, isto é, de seus dotes naturais de inteligência, mas pela graça do Espírito Santo. Para dispor os discípulos a esta mesma fé, Jesus os leva a refletir sobre tudo o que o viram realizar: “Não vos lembrais de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas?”, prova clara de que Ele não pode ser senão o Filho de Deus. Mas se eles ainda não entendem nem compreendem; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem, é porque não meditaram o suficientes e não podem, portanto, transcender as aparências carnais para elevar-se, à luz da fé, à realidade divina que se oculta e revela nas obras de Cristo. Que nós, seguindo-lhe os conselhos e ouvindo-lhe as advertências, saibamos meditar pausada e frequentemente na vida de Nosso Senhor, a fim de nos abrirmos à graça sem a qual não é possível alegrar o Coração de Cristo com aquela belíssima profissão de fé: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Que a Virgem SS. afaste de nós toda dureza de coração e nos leve, com mão segura, a ter vida de oração perseverante e fecunda.


Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Diária | Falta-nos o pão da fé (Terça-feira da 6.ª Semana do Tempo Comum)

Depois de tudo o que viram e ouviram, os discípulos ainda não são capazes de transcender as aparências da carne e, refletindo sobre os sinais realizados por Cristo, elevar-se à realidade espiritual e divina que nele se manifesta claramente, mas só aos que têm olhos para ver e o coração bem disposto e preparado. E nós, que discípulos temos sido? Os que buscam Jesus para ter pão, mas sem saber sequer quem Ele realmente é, ou os que o buscam sem querer nada em troca, porque sabem que Ele, só, vale mais do que o céu e a terra juntos? Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 18 de fevereiro, e medite sobre como está o seu coração: endurecido como o dos fariseus ou aberto à graça de Deus?


https://youtu.be/yadKOIIT07k

Santo do dia 18/02/2025

São Teotônio (Memória Facultativa)
Local: Coimbra, Portugal
Data: 18 de Fevereiro † c. 1162


Nasceu Teotônio, segundo a tradição, em 1082, na aldeia de Tardinhade, perto de Valença do Minho. Aprendeu as primeiras letras no mosteiro beneditino de Ganfei. Em seguida foi para Coimbra a fim de estudar humanidades e teologia. Chamado para Viseu por um seu tio, dom Teodorico, prior da Colegiada dos Cônegos Regrantes, recebeu nessa cidade a ordenação sacerdotal.

Tornou-se prior de Nossa Senhora de Viseu; melhorou aí a situação material e deu testemunho de vida que muito edificou o clero; falou muito pelo exemplo e foi excelente conselheiro espiritual para muita gente, a todos edificando. Aceitou forçado esse cargo de prior. Para se desfazer desse cargo, empreendeu uma peregrinação a Jerusalém. Ao voltar daí, deixou o priorado ao sacerdote Honório, que tomara a sua direção, durante a sua ausência.

Recusou o episcopado e entregou-se ao ministério da Palavra; no meio de um povo corrompido, deu, em muitas circunstâncias, provas de sua inviolável fidelidade à virtude da castidade.

Empreendeu segunda peregrinação a Jerusalém. Ao retornar a Coimbra, fundou, juntamente com 11 companheiros, nova congregação de cônegos regulares, o Mosteiro de Santa Cruz. Aos 28 de junho de 1131, na presença do rei Dom Afonso I, que o tinha em grande estima, foi lançada a primeira pedra. Aos 24 de fevereiro é eleito prior desse mosteiro (1132). Exerceu esse cargo por cerca de vinte anos. Graças à sua ação, o Mosteiro de Santa Cruz veio a ser um foco de santidade e cultura.

Aos 70 anos de idade, Teotônio renunciou ao cargo de prior.

Viveu 10 anos como simples religioso, ocupado unicamente na obra de sua santificação pessoal, todo entregue à contemplação. Faleceu a 18 de fevereiro de 1160 ou 1162, com oitenta anos de idade. Seu corpo repousa no Mosteiro de Santa Cruz. Seu culto foi aprovado por Bento XIV.

Foi nomeado padroeiro principal da cidade e da diocese de Viseu.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Teotônio, rogai por nós!


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