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Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, Solenidade

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Antífona de entrada

Nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável. (Is 9, 5)
Puer natus est nobis, et fílius datus est nobis: cuius impérium super húmerum eius: et vocábitur nomen eius, magni consílii Angelus. Ps. Cantáte Dómino cánticum novum: quia mirabília fecit. (Is. 9, 6; Ps. 97)
Vernáculo:
Nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável. (Cf. MR: Is 9, 5) Sl. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! (Cf. LH: Sl 97, 1ab)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Is 52, 7-10


Leitura do Livro do Profeta Isaías


Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: “Reina teu Deus!”

8Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião.

9Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém.

10O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 97(98), 1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6 (R. 3cd)


℟. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. ℟.

— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. ℟.

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! ℟.

— Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei! ℟.


https://youtu.be/oZfYkeUcmI8

Segunda Leitura — Hb 1, 1-6


Leitura da Carta aos Hebreus


Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; 2nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo.

3Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. 4Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles.

5De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho?”

6Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo!”

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Despontou o santo dia para nós: Ó nações, vinde adorar o Senhor Deus, porque hoje grande luz brilhou na terra! ℟.

Evangelho — Jo 1, 1-18


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.

4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.

10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.

12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.

14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Tui sunt caeli, et tua est terra: orbem terrárum, et plenitúdinem eius tu fundásti: iustítia et iudícium praeparátio sedis tuae. (Sl. 88, 12 et 15a)


Vernáculo:
É a vós que os céus pertencem, e a terra é também vossa! Vós fundastes o universo e tudo aquilo que contém. Vosso trono se baseia na justiça e no direito. (Cf. LH: Sl 88, 12 e 15a)

Sobre as Oferendas

Sejam de vosso agrado, Senhor, as oferendas da festa de hoje, que nos trazem a perfeita reconciliação e a plenitude do culto divino. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. (Cf. Sl 97, 3)
Vidérunt omnes fines terrae salutáre Dei nostri. (Ps. 97, 3cd; ℣. Ps 97, 1ab. 1cd. 2. 3ab. 4. 5. 6. 7. 8-9a. 9bc)
Vernáculo:
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. (Cf. MR: Sl 97, 3)

Depois da Comunhão

Ó Deus de misericórdia, que o Salvador do mundo, hoje nascido, como nos fez nascer para a vida divina, nos conceda também a imortalidade. Ele, que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Homilia do dia 25/12/2024


Não sabe mais o que fazer? Aproxime-se do Menino!


As pessoas vivem desesperadas à procura de uma palavra, sem perceber que a Palavra que tudo sustenta se fez carne e veio até nós, para que encontrássemos a Luz sem ocaso e chegássemos ao conhecimento da Verdade que liberta.

Todos os anos, quando vai chegando o tempo do Natal, a Igreja, com a sua liturgia, vai fazendo ecoar no nosso coração uma série de textos litúrgicos, de textos bíblicos que calam profundamente em nossa alma, que falam ao íntimo do nosso coração. Quem de nós, por exemplo, não tem de cor trechos da liturgia de Natal? Das belíssimas Missas, as três Missas de Natal: a Missa da Noite, a Missa da Aurora, a Missa do Dia? A Liturgia da Palavra começa na Missa da Noite, com aquela palavra solene do profeta Isaías: “Um povo que andava nas trevas viu uma grande luz”. Isso ecoa em nosso coração.


Mas você já parou para pensar no que significa a realidade do “povo que andava nas trevas”? Historicamente falando, claro, a gente pode falar do povo de Israel, povo escolhido de Deus, mas nós podemos alargar o horizonte e pensar na história da humanidade. Há quanto tempo existem seres humanos neste mundo? Bom, os cientistas discordam um pouco quando começou de verdade a história da humanidade. Alguns estendem para milhões de anos atrás, alguns somente milhares de anos atrás, mas uma coisa é certa: faz muito tempo!


Faz muito tempo que o ser humano está neste mundo, e faz pouquíssimo tempo que Deus se encarnou e se fez homem. Somente dois mil anos! O que são dois mil anos se nós considerarmos meio milhão de anos de história da humanidade? E se nós olharmos para essa história, nós vamos ver que é verdade o que diz o profeta Isaías: “Um povo que andava nas trevas”.



Quando é que nossos primeiros pais, Adão e Eva, pisaram este chão? A Bíblia não nos dá uma data, nem nós somos capazes de avaliar pela ciência ou pela história quando foi que isso de fato aconteceu. Quando foi que, pela primeira vez, animais racionais, ou seja, seres humanos com a alma imortal, estiveram neste mundo?



O que nós sabemos, e sabemos aquilo que a revelação nos conta, é que, logo no início, nossos primeiros pais pecaram e começaram a andar nas trevas. E sobre essa história das trevas da humanidade batendo a cabeça e se destruindo e se mutilando nós não precisamos adivinhar, nós temos os dados históricos.


Dados históricos daquilo que é a violência, o egoísmo, a miséria, a desgraça dos seres humanos abandonados à sua ignorância. O ser humano que voltou as costas para Deus e mergulhou nas trevas da ignorância. E, é claro, ninguém ama o que não conhece! E se os seres humanos estavam na ignorância, nas trevas, sem conhecimento, não podiam amar. É com Jesus que vem a grande luz.


Mas vamos investigar ainda mais profundamente, mais detalhadamente, essa caminhada nas trevas...


Meus queridos, Deus quer nos dar a sua felicidade. E qual é a felicidade de Deus no Céu, Pai e Filho e Espírito Santo? Deus se conhece infinitamente e se ama infinitamente. Então, você precisa conhecer Deus um pouco como Deus se conhece; chama-se fé. Você precisa amar a Deus um pouco como Deus se ama; chama-se caridade. O caminho é Cristo!


Vamos lá. Aproxime-se da manjedoura e conheça Jesus. Neste Natal e sempre, a felicidade de Deus é conhecer e amar. Você pode ser feliz já aqui, no meio dessas lutas. Conhecer e amar. Conhecer como Deus se conhece, amar como Deus se ama. Aproxime-se do Menino Jesus para fazer isto, então, você terá um feliz e santo Natal!

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 25/12/2024

Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo (Solenidade)
Data: 25 de


A Igreja celebra com a solenidade do Natal a manifestação do Verbo de Deus aos homens. É este de fato o sentido espiritual que decorre da própria liturgia, que oferece para a nossa meditação o nascimento eterno do Verbo (o Filho, Jesus) no íntimo dos esplendores do Pai (1ª Missa); a aparição temporária na humildade da carne (2ª Missa); a sua volta no juízo final (3ª Missa).

Um antigo documento, o Cronógrafo do ano de 354, atesta a existência em Roma desta festa a 25 de dezembro, que corresponde à celebração pagã do solstício de inverno, isto é, o nascimento do novo sol que, após a noite mais longa do ano, retomava novo vigor.

Celebrando neste dia o nascimento daquele que é o verdadeiro Sol, a luz do mundo, que surge da noite do paganismo, pretendeu-se dar significado novo, totalmente novo, a uma tradição pagã vivida pelo povo, pois coincidia com as férias de Saturno, durante as quais os escravos recebiam presentes dos seus senhores e eram convidados a se sentarem à mesa de seus donos como cidadãos livres.

Os presentes natalinos, porém, pretendem chamar a atenção para os presentes dos pastores e dos reis magos ao Menino Jesus.

No Oriente o nascimento de Jesus era festejado no dia 6 de janeiro, com o nome de Epifania, que quer dizer manifestação. Depois também a Igreja oriental começou a celebrá-lo na data de 25 de dezembro, conforme encontramos em Antioquia pelo ano de 376 no tempo de são João Crisóstomo, e em 380 em Constantinopla. Enquanto isso, no Ocidente, era introduzida a festa da Epifania, última festa do ciclo natalino, para comemorar a revelação da divindade de Cristo ao mundo pagão. Os textos da liturgia natalina, formulados numa época de reação à heresia de Ário sobre a Trindade, enfocam com a força de uma calorosa poesia e com rigor teológico a divindade do Menino nascido na gruta de Belém, a sua realeza e onipotência para convidar-nos à adoração do insondável mistério do Deus revestido de carne humana, filho da puríssima Virgem Maria.

A encarnação de Cristo marca a participação direta dos homens na vida divina. A restauração do homem mediante o nascimento espiritual de Jesus nas almas é o tema sugerido pela devoção e pela piedade cristãs que, além das comoventes tradições natalinas florescidas às margens da liturgia, convidam a meditar anualmente sobre o mistério da nossa salvação em Cristo Senhor.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.


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