Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Gloriosos com imagens

Antífona de entrada

Vinde ó Deus em meu auxílio, apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me. Sois meu Deus libertador e meu auxílio. Não tardeis em socorrer-me, ó Senhor! (Cf. Sl 69, 2. 6)
Deus in adiutórium meum inténde: Dómine ad adiuvándum me festína: confundántur et revereántur inimíci mei, qui quaerunt ánimam meam. Ps. Avertántur retrórsum et erubéscant, qui volunt mihi mala. (Ps. 69, 2. 3. 4)
Vernáculo:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio, sem demora, apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! Que sejam confundidos e humilhados os que procuram acabar com minha vida! Sl. Que voltem para trás envergonhados os que se alegram com os males que eu padeço! (Cf. LH: Sl 65, 2. 3)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Assisti, Senhor, os vossos fiéis e cumulai com vossa inesgotável bondade, aqueles que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Ex 16, 2-4. 12-15)


Leitura do Livro do Êxodo


Naqueles dias, 2a comunidade dos filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo: 3“Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?”

4O Senhor disse a Moisés: “Eis que farei chover para vós o pão do céu. O povo sairá diariamente e só recolherá a porção de cada dia, a fim de que eu o ponha à prova, para ver se anda ou não na minha lei. 12Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’”.

13Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. 14Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra.

15Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: “Que é isto?” Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Salmo Responsorial  (Sl 77)


℟. O Senhor deu a comer o pão do céu.


— Tudo aquilo que ouvimos e aprendemos, e transmitiram para nós os nossos pais, não haveremos de ocultar a nossos filhos, mas à nova geração nós contaremos: as grandezas do Senhor e seu poder. ℟.

— Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, e as comportas das alturas fez abrir; fez chover-lhes o maná e alimentou-os, e lhes deu para comer o pão do céu. ℟.

— O homem se nutriu do pão dos anjos, e mandou-lhes alimento em abundância; conduziu-os para a Terra Prometida, para o Monte que seu braço conquistou. ℟.


https://youtu.be/5IxuFmNCogw
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Segunda Leitura (Ef 4, 17. 20-24)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios


Irmãos: 17Eis, pois, o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada.

20Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo, 21se ao menos foi bem ele que ouvistes falar, e se é ele que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus. 22Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, 23e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. 24Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. O homem não vive somente de pão, mas vive de toda palavra que sai da boca de Deus e não só de pão, amém, aleluia, aleluia! (Mt 4, 4b) ℟.

Evangelho (Jo 6, 24-35)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 24quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”

29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.

30Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.

32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.

34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Precátus est Móyses in conspéctu Dómini Dei sui, et dixit. Precátus est Móyses in conspéctu Dómini Dei sui, et dixit: quare, Dómine, irásceris in pópulo tuo? Parce irae ánimae tuae: meménto Abraham, Isaac et Iacob, quibus iurásti dare terram fluéntem lac et mel. Et placátus factus est Dóminus de malignitáte, quam dixit fácere pópulo suo. (Cf. Ex. 32, 11. 12. 13. 14)


Vernáculo:
Moisés, porém, suplicou ao Senhor, seu Deus, dizendo: Por que se inflama, ó Senhor, tua ira contra teu povo? Desiste do ardor de tua ira, e abandona a ameaça contra teu povo. Lembra-te de Abraão, Isaac e Israel, teus servos, aos quais juraste por ti mesmo toda esta terra. E o Senhor desistiu do mal que prometeu fazer a seu povo. (Cf. Bíblia CNBB: Ex. 32, 11. 12. 13)

Sobre as Oferendas

Nós vos pedimos, Senhor de bondade, santificai estes dons e, aceitando a oblação do sacrifício espiritual, fazei de nós mesmos uma eterna oferenda para vós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós nos destes, Senhor, o pão do Céu, que contém toda delícia e suave sabor. (Cf. Sb 16, 20)

Ou:


Eu sou o pão da vida, diz o Senhor. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. (Jo 6, 35)
Panem de caelo dedísti nobis, Dómine, habéntem omne delectaméntum, et omnem sapórem suavitátis. (Sap. 16, 20; ℣. Ps. 77, 1. 2. 3-4a. 4bcd. 23. 24. 25. 27. 28. 29)
Vernáculo:
Vós nos destes, Senhor, o pão do Céu, que contém toda delícia e suave sabor (Cf. MR: Sb 16, 20)

Depois da Comunhão

Acompanhai, Senhor, com vossa constante proteção aqueles que restaurais com os dons do céu e, como não cessais de protegê-los, concedei que se tornem dignos da eterna redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Homilia do dia 04/08/2024
O homem velho e o homem novo

“Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.” (Ef 4,22-24)

Queridos irmãos e irmãs, celebramos o 18º Domingo do tempo comum e gostaria de centrar a minha reflexão de hoje na segunda leitura, a da carta de São Paulo aos Efésios 4,17-24. Nela São Paulo fala de conversão e contrasta o velho com o novo, caracterizando cada um deles e apontando como ocorre a mudança.


O homem velho


O que é o homem velho? Quando Santo Tomás comenta esta passagem, ele rejeita uma interpretação de alguns comentadores de São Paulo e que é aquela que diz que o velho é “o homem exterior”, isto é, o corpóreo; enquanto o novo homem seria precisamente “o homem interior”, a alma, o espírito. Santo Tomás diz que não é assim. O “velho” é algo interno e externo (da mesma forma o homem novo). O velho é um velho ser em seu corpo e em sua alma. A “velhice” é o caminho para a definhamento; envelhecer é murchar, é caminhar para a morte. Quando São Paulo fala do velho, ele quer dizer “o homem em processo de corrupção”. E isso ocorre no corpo assim que ele está sujeito à doença, fraqueza e morte. Na alma, ocorre assim que se submete ao pecado. Por isso acrescenta: “que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras”, isto é, dos desejos desordenados e pecaminosos.


O velho somos todos nós na medida em que nascemos marcados pelo pecado original, especialmente porque nós mesmos pecamos mortalmente e atualmente. E também na medida em que nos falta uma conversão autêntica da alma e continuamos, de alguma forma, a viver como mundanos e pecadores. São Paulo vê nos pagãos de seu tempo o modelo supremo daqueles que encarnaram o velho. Esses pagãos são o modelo mau de todos os pecadores. Como são?


1º. Andam na vaidade da mente. Voltados para o exterior. Para o barulho, para o tumulto, para o redemoinho. “Todos os homens em quem não se encontra o conhecimento de Deus são vãos” (Sb 13,1); “Andaram atrás das suas vaidades e tornaram-se vaidosos” (Jr 2,5).


2º. Sua razão está cega, obscurecida. O escurecimento da inteligência é uma consequência do que foi dito acima; A vida sem reflexão e meditação, sem silêncio interior, necessariamente marca a inteligência; torna-a sombria. A Escritura testemunha isso: “O coração do insensato escureceu” (Rm 1,21); “Anda nas trevas” (Sl 81,5).


3º. Deixam de lado a vida em Deus devido à sua ignorância e endurecimento de coração. A escuridão da inteligência leva à perda ou rejeição da graça. “Prescindir da em vida de Deus” equivale a “morto para a graça”.


4º. Ficam insensibilizados. O pecado não purificado, isto é, deixado para aninhar por muito tempo no coração, finalmente produz insensibilidade. Os pecadores se acostumam com seus pecados; eles aprendem a viver com eles. Temos a tendência de dizer “endurecer”.


5º. Entregues à luxúria. No final das contas, o pecado geralmente leva a paixões desenfreadas e, por fim, ao desespero.


Esta é a figura ou descrição do pecador. É a isso que São Paulo se refere ao falar do “velho“.


O homem novo


“A verdade de Jesus” é a pregação do Evangelho que nos chega através dos Apóstolos. O Evangelho apresenta-nos um modelo de homem diametralmente oposto ao anterior. São Paulo o chama de “o homem novo”. Novo no que diz respeito ao corpo e no que diz respeito à alma, embora a novidade da alma chegue já nesta vida (pela graça) e a do corpo só temos na esperança (porque virá na ressurreição dos mortos, sendo transformado em corpos gloriosos). Por que se chama então de “novo”? Porque o homem agora é governado pela Nova Lei, ou Lei do Evangelho ou Lei da Graça. O novo homem é o homem que Jesus descreve no Sermão da Montanha:


- É o homem pobre de espírito (Mt 5,3: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”), isto é, desapegado das coisas materiais; capaz de renunciar à riqueza; dispostos a compartilhar o que têm com os mais pobres. “Vai, vende o que tens, dá aos pobres e depois vem e segue-me” (Lc 19).


- É o homem manso (Mt 5,4: “Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra”), isto é, capaz de se violentar, mas sempre pronto a perdoar os outros. Mansidão é a capacidade de sofrer sem reclamar; é a característica dos verdadeiros heróis.


- É o homem penitente (Mt 5,5: “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados”). Penitente é aquele que se arrepende de seus pecados e faz penitência por ter ofendido a Deus.


- É o homem com fome e sede de justiça (Mt 5,6: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”). Justiça é o nome bíblico para santidade. Fome e sede significam um desejo realmente forte e tenaz de santidade.


- Ele é o homem misericordioso (Mt 5,7: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”). É aquele que tem um coração inclinado para a miséria e a dor dos outros; um coração que busca efetivamente remediar o mal dos outros, ajudar os enfermos, visitar os abandonados, confortar os tristes, alimentar os famintos.


- Ele é o homem puro (Mt 5,8: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus”). É aquele capaz de manter a própria castidade e respeitar a pureza dos outros.


- É o homem pacífico (Mt 5,9: “Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus”). Pacífico é o “semeador da paz“, aquele que reconcilia os inimigos.


- É o homem perseguido por santidade e por Jesus Cristo (Mt 5,10-11: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando vos insultam e perseguem e com mentiras e dizem todo tipo de mal por minha causa”).


Todas essas características são o retrato vivo do próprio Jesus Cristo. Ele foi o primeiro a ser pobre, manso e humilde, penitente, santo e amante da santidade, misericordioso, casto e puro, pacificador e perseguido. Aqueles que o imitam e se assemelham a ele são o “novo homem”, pois Jesus Cristo é o “novo Adão”, o início da nova raça, dos homens da graça.


Essa renovação chega ao homem pelo Espírito Santo. A “renovação do espírito” se refere à causa eficiente. A renovação que o Espírito Santo realiza em nossas almas pela graça.
Peçamos o imenso dom de deixar-se renovar sem cessar, de deixar-se transformar pela obra do Espírito Santo. Assim seja. Amém.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
Homilia Dominical | Busque Jesus, não seus milagres! (18.º Domingo do Tempo Comum)

No Evangelho deste domingo, a multidão que foi agraciada pela multiplicação dos pães sai à procura de Cristo querendo mais milagres. Mas Nosso Senhor a repreende: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna”.Também nós corremos o risco de buscar Jesus de forma interesseira, querendo sinais e milagres a todo custo. Desse modo, tratamos Deus como nosso serviçal e transformamos a Igreja numa espécie de terreiro, ao qual recorremos para realizar a nossa vontade.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo e entenda como buscar o Pão da vida, que nos alimenta para a Bem-aventurança eterna.


https://youtu.be/DnsWHlnUkTU
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Santo do dia 04/08/2024

Ouça no Youtube

São João Maria Vianney, Presbítero (Memória)
Local: Ars, França
Data: 04 de Agosto† 1859


João era o nome dele de batismo. Na Crisma acrescentou o de Batista e, mais tarde, assumiu também o de Maria, por especial devoção à Virgem. É conhecido como João Maria Vianney ou simplesmente o Santo Cura d Ars, proclamado patrono dos párocos pela Igreja. São João Maria Vianney se distingue por uma vida toda particular e uma forma de vida especial, toda sua.

De origem muito humilde, João Maria nasceu em Dardilly, perto de Lião, na França, em 1786, pouco antes de irromper a Revolução Francesa. Quando jovem, teve complicações com o serviço militar durante o império napoleônico, pelo que teve que viver escondido, exposto, cerca de dois anos, a graves perigos.

Desde pequeno queria ser padre a todo custo, mas, esbarrou em dois obstáculos: a pobreza e a escassa inteligência. Com 20 anos entrou no seminário, mas foi demitido por falta de inteligência. O estudo do latim parecia superar sua capacidade. Insiste para entrar na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mas não é admitido pelas mesmas razões. Finalmente, quando parecia um caso perdido, seu antigo pároco que conhecia suas altas virtudes de piedade, pureza e sacrifício, aceitou prepará-lo em particular e conseguiu convencer o bispo a que o ordenasse sacerdote, comprometendo-se a orientá-lo no campo da doutrina e da pastoral por mais três anos. Foi finalmente ordenado em 1815, continuando seus estudos por mais três anos.

Em 1818, o arcebispo de Lião confiou-lhe a capelania de um lugarejo chamado Ars, não longe de Lião, que lhe dará o nome que o acompanha pelo mundo católico: o Cura d Ars.

Durante mais de quarenta anos até sua morte ocorrida em 1859, João Maria nada mais será que o humilde capelão do vilarejo, transformada em paróquia em 1821, tornando-se, em 1823, parte da diocese restabelecida de Belley. Foi até o fim da vida um pobre pároco de aldeia que, aos poucos, tornou-se amplo centro de peregrinações. De início, trabalhou sobretudo para moralizar a pequena aldeia, combatendo os vícios, as bebedeiras, o trabalho aos domingos, os bailes. Sua arma principal era a pregação e a catequese, muito simples, sustentadas por muita oração e por rigorosa penitência. Oração e penitência pareciam dobrar a Deus em favor dos pecadores. O curioso é que aquele humilde pastor de aldeia, pobre, penitente, de inteligência pouco brilhante, atraiu aos poucos milhares e milhares de pessoas de fora. Seu confessionário começou a ser assediado dia e noite, de modo que o padre quase não tinha tempo nem de alimentar-se nem de descansar. Foi essa a ocupação principal dos seus últimos anos de vida.

Pergunta-se o que iam procurar em Ars tantos peregrinos da França e da Europa. A resposta talvez esteja na boca de um peregrino. Perguntado sobre o que viu em Ars, afirmou: "Vi Deus num homem". Realiza-se o que disse o vigário-geral de Lyon, por ocasião de sua ordenação sacerdotal: "A Igreja quer não apenas sacerdotes sábios, mas, mais ainda, sacerdotes santos". Foi ordenado não por ser inteligente, mas porque foi considerado bom. São João Maria Vianney foi canonizado por Pio XI, em 1925. O mesmo papa o proclamou santo padroeiro dos párocos do mundo inteiro, em 1929.

Na Pastoral vocacional no Brasil, São João Maria Vianney foi transformado em patrono dos padres em geral e o primeiro domingo de agosto, em "Dia do Padre". Enfim, todos os sacerdotes que se dedicam à pastoral podem sentir-se colocados sob a proteção do Santo Cura d Ars.

O formulário da Missa certamente não poderia ser mais completo e mais rico. A Oração coleta realça São João Maria Vianney como presbítero admirável por sua solicitude pastoral. A tradução para o português no Brasil usa a expressão pároco admirável, que não está no original latino. Esta oração convoca a todos ao zelo pastoral de conquistar, no amor de Cristo, os irmãos e irmãs para Deus.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João Maria Vianney, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil