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Memória Facultativa

São João Batista Scalabrini


Antífona de entrada

Os malvados me contaram coisas vãs ignorando vossa lei; eu, porém, anunciei vossa palavra diante dos reis sem me envergonhar. (Cf. Sl 118, 85. 46)
Loquebar de testimoniis tuis in conspectu regum, et non confundebar: et meditabar in mandatis tuis quae dilexi nimis. Ps. Beati immaculati in via: qui ambulant in lege Domini. (Ps. 118, 75. 120 et 1)
Vernáculo:
Sei que os vossos julgamentos são corretos, e com justiça me provastes, ó Senhor! Perante vós sinto tremer a minha carne, porque temo vosso justo julgamento! Sl. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! (Cf. LH: Sl 118, 79. 120)

Coleta

Ó Deus, pela loucura da cruz, ensinastes de modo admirável ao mártir São Justino a sublime sabedoria de Cristo; concedei-nos, por sua intercessão, repelir os erros que nos cercam e permanecer firmes na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Jd 17.20b-25)


Leitura da Carta de São Judas


17Vós, porém, amados,lembrai-vos das palavraspreditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. 20bEdificai-vos sobre o fundamento da vossa santíssima fée rezai, no Santo Espírito, 21de modo que vos mantenhais no amor de Deus,esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo,para a vida eterna.

22E a uns, que estão com dúvidas, deveis tratar com piedade.23A outros, deveis salvá-los arrancando-os do fogo.De outros ainda deveis ter piedade, mas com temor,aborrecendo a própria veste manchada pela carne...

24Àquele que é capaz de guardar-vos da quedae de apresentar-vos perante a sua glóriairrepreensíveis e jubilosos, 25ao único Deus, nosso Salvador,por Jesus Cristo, nosso Senhor:glória, majestade, poder e domínio,desde antes de todos os séculos,e agora, e por todos os séculos. Amém.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 62)


℟. A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!


— Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água! ℟.

— Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam. ℟.

— Quero, pois, vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! A minh’alma será saciada, como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios, ao cantar para vós meu louvor! ℟.

 

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. A palavra de Cristo ricamente habite em vós, dando graças, por ele, a Deus Pai! (Cf. Cl 3,16a.17c) ℟.

Evangelho (Mc 11, 27-33)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo,27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no Templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram:28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?”29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso.30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”.31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ʽPor que não acreditastes em João?ʼ32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta.33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Levabo oculos meos, et considerabo mirabilia tua, Domine, ut doceas me iustitiam tuam: da mihi intellectum, ut discam mandata tua. (Ps. 118, 18. 26 et 73)


Vernáculo:
Abri meus olhos, e então contemplarei as maravilhas que encerra a vossa lei! Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade! Vossas mãos me modelaram, me fizeram, fazei-me sábio e aprenderei a vossa lei! (Cf. LH: Sl 118, 18. 26 e 73)

Sobre as Oferendas

Concedei, Senhor, nós vos pedimos, celebrar dignamente estes mistérios, que São Justino defendeu com admirável coragem. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Não julguei saber coisa alguma entre vos, a não ser jesus Cristo, e este, crucificado. (Cf. 1 Cor 2, 2)
Quod dico vobis in tenebris, dicite in lumine, dicit Dominus: et quod in aure auditis, praedicate super tecta. (Mt. 10, 27; ℣. Ps. 125, 1. 2ab. 2cd. 3. 4. 5. 6ab. 6cd)
Vernáculo:
O que vos digo no escuro, dizei-o à luz do dia; o que vos é sussurrado ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados! (Cf. Bíblia CNBB: Mt 10, 27)

Depois da Comunhão

Refeitos com o pão do céu, nós vos pedimos humildemente, Senhor, que, obedecendo aos ensinamentos do mártir São Justino, possamos permanecer sempre em ação de graças pelos dons que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 01/06/2024
Um amor que sabe castigar

Deus, que é Pai bondoso, castiga porque nos ama e permite que soframos para nos tornarmos melhores e, por meio da dor, generosos em amá-lo de volta.

O Evangelho de hoje é uma como que reação ao de ontem. O Senhor, como vimos, entrara no Templo de Jerusalém, expulsou de lá os vendilhões oportunistas e agora, rodeado de seus inimigos, é confrontado: “Com que autoridade fazes essas coisas?” Esses gestos de Jesus nos ajudam a lembrar que Deus, embora nos ame infinitamente, nem sempre o faz da maneira como nós gostaríamos. De fato, queremos muitas vezes um amor acomodado, que não incomode nem faça realçar nossos defeitos, um amor que, numa palavra, não nos exija esforço algum. Mas o Coração bondosíssimo de Cristo, fonte da mais pura e perfeita caridade, nos ama tanto que não pode aquietar-se enquanto nos vir afundados no pecado e no erro. É por isso que Ele, sem vãos receios humanos, pega muitas vezes do chicote, dirige-nos palavras duras e permite, sempre para o nosso bem e com vistas à nossa conversão, que passemos por momentos de dor e sofrimento.Aos seus amorosos castigos a nossa reação é, frequentemente, de rebeldia, de incompreensão e até de certo despeito, como aqueles judeus que, irritados, hoje o interrogam: “Com que autoridade fazes essas coisas”, perturbando os nossos esquemas, transtornando os nossos planos, exigindo que mudemos o que somos? Ainda que nos custe compreender os modos com que Deus manifesta seu amor por nós, devemos ter sempre a certeza de que tudo o que Ele faz concorre para o bem dos que o amam. E podemos crescer nesta certeza à medida que cultivarmos a devoção aos doces Corações de Jesus e Maria: neles temos o nosso amor e a nossa salvação, uma fonte única de consolo nos momentos de dor e um manancial inesgotável de sabedoria para as horas de desconcerto e angústia. Que possamos aprender destes dois Corações — os que mais amaram e, por isso, mais sofreram — a submeter-nos à mão paterna de Deus, justo no castigo e suave na consolação.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 01/06/2024

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São Justino, Mártir (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 01 de Junho† c. 165


Filósofo cristão e cristão filósofo, como foi acertadamente definido, Justino (nascido em Flávia Neápolis, na Samaria, no início do século II) pertence àquela plêiade de pensadores que em cada período da história da Igreja tentaram uma síntese da provisória sabedoria humana e das inalteráveis afirmações da revelação cristã. O itinerário da sua conversão a Cristo passa pela experiência estoica, pitagórica, aristotélica e neoplatônica. Daí o desenlace quase inevitável, ou melhor, providencial e a adesão à verdade integral do cristianismo.

Ele mesmo conta que, insatisfeito com as respostas dadas pelas várias filosofias, retirou-se para um lugar deserto, à beira-mar, para meditar e que um velho, a quem tinha confiado sua desilusão, respondeu-lhe que nenhuma filosofia podia satisfazer o espírito humano, porque a razão sozinha é incapaz de garantir a posse plena da verdade sem o auxílio de Deus. Foi assim que Justino, aos trinta anos, descobriu o cristianismo, tornou-se seu propagador e para proclamar ao mundo essa sua descoberta escreveu suas duas Apologias.

A primeira delas dedicou-a ao imperador Antonino Pio e ao filho Marco Aurélio, ao Senado e ao povo romano. Escreveu outras obras, pelo menos oito, entre as quais a mais considerável é intitulada Diálogo com Trifão e é relembrada porque abre o caminho à polêmica antijudaica na literatura cristã. Mas as duas Apologias permanecem como o documento mais importante, porque destes escritos aprendemos como era explicado o cristianismo naquela época e como eram celebrados os ritos litúrgicos, em particular a administração do batismo e a celebração do mistério eucarístico. Aqui não há argumentações filosóficas, mas comoventes testemunhos de vida da primitiva comunidade cristã, à qual Justino está feliz de pertencer: “Eu, um deles…”. Tal afirmação podia custar-lhe a vida.

De fato, Justino pagou com a vida a sua pertença à Igreja. Por ocasião de sua ida a Roma, foi denunciado por um hipócrita e cínico filósofo, Crescêncio, com quem havia disputado por muito tempo. Também o magistrado que o julgou era filósofo estoico, amigo e confidente de Marco Aurélio. Mas para o magistrado, Justino não passava de simples cristão, igual a seus seis companheiros, entre os quais uma mulher, todos condenados à decapitação pela sua fé em Cristo. Do martírio de são Justino e companheiros se conservam as Atas autênticas.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Justino, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil