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Memória Facultativa

São Cristóvão Magalhães, Presbítero e Companheiros, Mártires


Antífona de entrada

Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração por vosso auxílio rejubile e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Cf. Sl 12, 6)
Domine, in tua misericordia speravi: exsultavit cor meum in salutari tuo: cantabo Domino, qui bona tribuit mihi. Ps. Usquequo Domine oblivisceris me in finem? Usquequo avertis faciem tuam a me? (Ps. 12, 6 et 1)
Vernáculo:
Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração por vosso auxílio rejubile e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Cf. MR: Sl 12, 6) Sl. Até quando, ó Senhor, me esquecereis? Até quando escondereis a vossa face? (Cf. LH: Sl 12, 1)

Coleta

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, meditar sempre as realidades espirituais, e praticar em palavras e ações o que vos agrada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Tg 4, 1-10)


Leitura da Carta de São Tiago


Caríssimos, 1de onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. 3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.

4Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus. 5Ou julgais ser em vão que a Escritura diz: "Com ciúme anela o espírito que nos habita"? 6Mas ele nos dá uma graça maior. Por isso, a Escritura diz: "Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes". 7Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. 9Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. 10Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 54)


℟. Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!


— É por isso que eu digo na angústia: "Quem me dera ter asas de pomba e voar para achar um descanso! Fugiria, então, para longe, e me iria esconder no deserto. ℟.

— Acharia depressa um refúgio contra o vento, a procela, o tufão". Ó Senhor, confundi as más línguas. ℟.

— Dispersai-as, porque na cidade só se vê violência e discórdia! Dia e noite circundam seus muros. ℟.

— Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento, e jamais ele irá permitir que o justo para sempre vacile! ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Minha glória é a cruz do Senhor Cristo Jesus, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para este mundo. (Gl 6, 14)

Evangelho (Mc 9, 30-37)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.

32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”

34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”

36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Intende voci orationis meae, rex meus, et Deus meus: quoniam ad te orabo, Domine. (Ps. 5, 3. 4)


Vernáculo:
Ficai atento ao clamor da minha prece, ó meu Rei e meu Senhor! É a vós que eu dirijo a minha prece; de manhã já me escutais! (Cf. LH: Sl 5, 3. 4)

Sobre as Oferendas

Senhor, ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, que o sacrifício oferecido em vossa honra nos seja útil para a salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo! (Cf. Sl 9, 2-3)

Ou:


Senhor, eu creio que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo. (Jo 11, 27)
Narrabo omnia mirabilia tua: laetabor et exsultabo in te: psallam nomini tuo, Altissime. (Ps. 9, 2. 3; ℣. Ps. 9, 8. 9. 10. 11. 12. 13)
Vernáculo:
Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo!(Cf. MR: Sl 9, 2. 3)

Depois da Comunhão

Deus todo-poderoso, concedei-nos em plenitude a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 21/05/2024
Como ser o primeiro no Reino de Deus?

O caminho para quem quer chegar ao alto, na vida espiritual, é para baixo, rebaixando-se à semelhança de Cristo e fazendo-se, como Ele, tudo para todos e servo de todos os irmãos.


O Evangelho de hoje narra-nos o segundo anúncio da Paixão. Jesus, como temos visto ao longo dos últimos dias, vem tentando fazer com que seus discípulos o descubram na fé, e mesmo após conseguir, em Cesareia de Filipe, que Pedro o professasse como o Filho de Deus, os Doze voltam a cair em incredulidade: Pedro, por ter a fé ainda frágil e incerta, os outros, por também serem incapazes de compreender a cruz e tudo o que diz respeito à Paixão do Filho do Homem. Hoje, eles chegam finalmente a Cafarnaum, na Galileia, depois de uma longa viagem pelo norte de Israel. Ao entrarem em casa, o Senhor pergunta aos discípulos: “Que discutíeis pelo caminho?”, pois sabia que haviam discutido sobre quem seria o maior no Reino de Deus. A resposta deles é um silêncio envergonhado, rompido por Cristo com um ensinamento surpreendente e contraintuitivo. Não lhes diz: “Que nenhum de vós, por arrogância, queira ser o primeiro”, mas: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos”. Não lhes repreende, pois, o desejo de ser grandes no Reino, porque todos fomos chamados à perfeição no amor e, como é óbvio, não há termo nesta vida para o nosso crescimento em santidade; antes, estimula-os a buscar a grandeza espiritual, mas sob uma condição: que aquele que quiser ser o primeiro seja também o último, como “aquele que serve a todos”. Porque Cristo mesmo, sendo Filho de Deus por natureza e, portanto, princípio e fim de todas as coisas, fez-se escravo de todos e, por sua humilhação, mereceu ser elevado acima de todas as coisas também segundo a humanidade. É o seu rebaixamento humilde, portanto, o modelo que devem seguir todos os que querem a verdadeira grandeza, que é reinar com Deus no céu por tê-lo servido nos irmãos na terra. Se Ele, com efeito, que formou os ossos e nervos de nossas carne, não julgou indigno de si vir ao mundo limpar-nos os pés, como nós não iremos seguir-lhe o exemplo de humildade e fazer-nos tudo para todos, já que Cristo se fez tudo para nós? Olhemos ainda para a Virgem SS., coroada Rainha do céu e da terra não apenas por sua singular pureza e santidade, mas sobretudo por sua caridade intensíssima e seu inigualável espírito de serviço, que a leva a socorrer ainda hoje, com seu zelo incansável de Mãe, a todos os membros da santa Igreja de Deus. Que a humilde serva do Senhor alcance-nos a graça de que precisamos para sermos em tudo conformes à imagem de seu Filho, seguindo-o em seu rebaixamento que eleva, e vencermos aquela diabólica soberba que fez Lúcifer precipitar-se no inferno por querer elevar-se acima dos céus.


Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 21/05/2024

Ouça no Youtube

Santos Cristóvão Magallanes e companheiros, Presbítero e Mártires (Memória Facultativa)
Local: México
Data: 21 de Maio† 1927


Cristóvão e seus Companheiros em número de 25 são denominados também "Mártires do México" ou de Jalisco. Foram vítimas da perseguição religiosa desencadeada no México na primeira trintena de anos do século XX.

Cristóvão, ou Cristóbal Magallanes Jara, nasceu em Totaltiche, Jalisco, arquidiocese de Guadalajara, no México, aos 30 de julho de 1869. Até os 19 anos de idade permaneceu ali, estudando e trabalhando nos mais diversos serviços. Em 1888, matriculou-se no seminário em Guadalajara. Ordenado sacerdote, foi designado para a paróquia de sua cidade natal.

De temperamento sereno, tranquilo e persistente, Cristóvão se tornou um sacerdote de fé ardente, prudente diretor de seus irmãos sacerdotes e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Distinguiu-se como missionário entre os indígenas huicholes e como fervoroso propagador da devoção do Santo Rosário da Virgem Maria.

Os acontecimentos políticos de 1917 alteraram o destino do país. Foi promulgada a constituição anticlerical do México, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.

Apesar de a Igreja ter se posicionado contra as novas leis, nada pode fazer. Foi, por isso, duramente perseguida. Isso gerou a reação da sociedade e os leigos se organizaram, formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa, entrando em confronto até mesmo armado com os integrantes do governo. Dez anos depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente Plutarco Elis Calles tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas particulares e obras assistenciais de organizações religiosas.

Os integrantes da Liga reagiram com vigor. Como esse movimento da Liga não foi coordenado pela Igreja, muitos sacerdotes preferiram não aderir, deixando o país ou mesmo abandonando suas atividades por um tempo. Outros, porém, decidiram ficar firmes em seus postos para atender os fiéis, mesmo arriscando a própria vida. Cristóvão ficou firme no seu posto, ele que tinha um especial cuidado pelas vocações sacerdotais. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, ele se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

Perseguido, foi fuzilado em 25 de maio de 1927, em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. Na hora de ser executado ele exclamou: "Morro inocente, e peço a Deus que meu sangue sirva para a união de meus irmãos mexicanos".

No dia 21 de maio de 2000, João Paulo II canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles São Cristóvão Magallanes. Sobre eles disse o Papa: "Eles não abandonaram o corajoso exercício do seu ministério quando a perseguição religiosa aumentou na amada terra mexicana, desencadeando o ódio contra a religião católica. Todos aceitaram livre e serenamente o martírio como testemunho da própria fé, perdoando os seus perseguidores de modo explícito. Fiéis a Deus e à religião católica tão radicada nas comunidades eclesiais, que por eles eram servidas promovendo também o seu bem-estar material, hoje servem de exemplo para toda a Igreja e em particular para a sociedade mexicana".

A Oração coleta realça a fidelidade dos mártires em professar a fé no Cristo Rei e a perseverança na prática do mandamento do amor: Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes o presbítero São Cristóvão e seus companheiros fiéis ao Cristo Rei até ao martírio, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar na verdadeira fé e aderir sempre aos mandamentos do vosso amor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santos Cristóvão Magallanes e companheiros, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil