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Memória Facultativa

Santo Agostinho de Cantuária, Bispo


Antífona de entrada

O Senhor tornou-se meu protetor e me conduziu para um lugar espaçoso; ele me salvou, porque me ama. (Cf. Sl 17, 19-20)
Factus est Dominus protector meus, et eduxit me in latitudinem: salvum me fecit, quoniam voluit me. Ps. Diligam te Domine, fortitudo mea: Dominus firmamentum meum, et refugium meum, et liberator meus. (Ps. 17, 19. 20 e 2-3)
Vernáculo:
O Senhor tornou-se meu protetor e me conduziu para um lugar espaçoso; ele me salvou, porque me ama. (Cf. MR: Sl 17, 19. 20) Sl. Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador! (Cf. LH: Sl 17, 2-3a)

Coleta

Fazei, Senhor, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais, e vossa Igreja voz possa servir alegre e tranquila. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (1Pd 1, 3-9)


Leitura da Primeira Carta de São Pedro


3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não estraga, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus.

5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações. 7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória, no dia da manifestação de Jesus Cristo. 8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 110)


℟. O Senhor se lembra sempre da Aliança!


— Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração! ℟.

— Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações. ℟.

— Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor. ℟.


https://youtu.be/8JQLiq0pIuE
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza. (2Cor 8, 9) ℟.

Evangelho (Mc 10, 17-27)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”

18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”

20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”

22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”

24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”

26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Domine convertere, et eripe animam meam: salvum me fac propter misericordiam tuam. (Ps. 6, 5)


Vernáculo:
Oh! voltai-vos a mim e poupai-me, e salvai-me por vossa bondade! (Cf. LH: Sl 6, 5)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que nos dais o que oferecemos, e aceitais nossa oferta como um gesto de amor, fazei que os vossos dons, nossa única riqueza, frutifiquem para nós em prêmio eterno. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Cantarei ao Senhor pelo bem que ele me fez, entoarei salmos ao nome do Senhor, o Altíssimo. (Cf. Sl 12, 6)

Ou:


Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo, aleluia. (Mt 28, 20)
Cantabo Domino, qui bona tribuit mihi: Et psallam nomini Domini altissimi. (Ps. 12, 6; ℣. Ps. 12, 2. 3. 4. 5. 6ab)
Vernáculo:
Meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez. (Cf. MR: Sl 12, 6)

Depois da Comunhão

Saciados pelo dom que nos salva, imploramos, Senhor, a vossa misericórdia, e pedimos que, pelo mesmo sacramento no qual nos alimentais neste mundo, nos leveis benigno a participar da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 27/05/2024
Só uma coisa te falta...

“Uma só coisa te falta”, diz Jesus ao jovem rico: “Vai e desapega-te de ti e de tudo”. Porque uma folha, ainda que tenha vida por estar unida aos ramos, não pode alçar voo se continuar presa à árvore: assim também, para sermos santos, precisamos morrer para o mundo e deixar que o Espírito nos eleve e conduza aonde quiser.

No Evangelho de hoje, assistimos à cena já conhecida do jovem rico. Aproxima-se de Cristo um rapaz que desde a meninice guarda fielmente os Mandamentos: “Não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe”. Ao saber disto, Jesus o olha com carinho, amando-o, e diz-lhe com toda simplicidade: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me”. O que pede o Senhor a esse jovem virtuoso e cheio da graça de Deus, já que era objeto do amor de Cristo, é que ele, além de cumprir com os Mandamentos, busque também crescer no amor. O problema é que, ao contrário do que às vezes se pensa, o caminho do amor é negativo, e não positivo. Porque o amor cristão não consiste em fazer muitas coisas, como se tentássemos provar a Deus o quanto o amamos; antes, a santidade começa pelo desprendimento de tudo o que nos liga à terra e nos impede de ser elevados ao céu pelo sopro do Espírito Santo: “Vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres”, desfazendo-te de ti mesmo, pois só assim “terás um tesouro no céu”, para onde te elevarei, não por teus méritos, mas pela minha graça. Poderíamos ainda comparar o jovem rico com uma folha viçosa e cheia de vida, mas que não voa, por estar presa aos ramos. A folha não irá alçar voo por um esforço seu, pois isto está além de sua natureza, mas apenas quando se desprender da árvore e deixar-se levar pelo vento. Assim é a santidade cristã: se não guardamos os Mandamentos, somos folha seca e dura, lançada ao pé da árvore, que nem vive nem o vento levanta; se os guardamos, somos folha verde e viva, mas que ainda está presa ao tronco; se, além de os guardar, nos desligamos também dos laços e afetos do mundo, somos folha livre e solta, que o Espírito conduz aonde quiser: “Vai, vende tudo o que tens. Depois vem e segue-me”. Que nos deixemos atrair por esse grande amor que é Nosso Senhor Jesus Cristo. Guardando a sua palavra, desapeguemo-nos dos amores falsos e pálidos desta vida e deixemos que o sopro do Espírito nos leve de uma vez para as alturas da caridade: “Para Deus tudo é possível”!

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 27/05/2024

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Santo Agostinho de Cantuária, Bispo (Memória Facultativa)
Local: Cantuária, Inglaterra
Data: 27 de Maio† 604/605


A Grã-Bretanha, evangelizada desde os tempos apostólicos (o primeiro missionário que lá desembarcou teria sido, segundo uma lenda, José de Arimateia), havia recaído na idolatria após a invasão dos saxões no século V e no VI. Quando o rei do Kent, Etelberto, desposou a princesa cristã Berta, filha do rei de Paris, ela mandou que fosse edificada uma igreja e alguns padres católicos viessem celebrar os sagrados ritos. Recebendo a notícia, o papa Gregório Magno julgou que os tempos estavam maduros para a evangelização da ilha. A missão foi confiada ao prior do mosteiro beneditino de santo André, Agostinho, cuja principal qualidade não deve ter sido a coragem, mas em compensação era muito humilde e dócil.

Partiu de Roma à frente de quarenta monges em 597. Fez uma parada na ilha de Lerins. As informações sobre o temperamento belicoso dos saxões amedrontaram-no de tal modo que voltou a Roma para suplicar ao papa que mudasse de programa. Para encorajá-lo Gregório nomeou-o abade e pouco depois, para fazê-lo dar o passo decisivo, apenas chegando na Gália, fez que fosse sagrado bispo. A viagem ocorreu igualmente em breves etapas. Por fim, com a chegada da primavera, lançaram-se ao largo e chegaram à ilha britânica de Thenet, onde o rei, movido pela boa esposa, foi pessoalmente encontrá-los.

Os missionários aproximavam-se do cortejo real em procissão ao canto das ladainhas, segundo o ritual introduzido recentemente em Roma. Para todos foi uma feliz surpresa. O rei acompanhou os monges até à residência já fixada em Canterbury, no meio da estrada entre Londres e o mar, onde surgiu a célebre abadia que tomará o nome de Agostinho, coração e sacrário do cristianismo inglês. A obra missionária dos monges teve êxito inesperado, pois o próprio rei pediu o batismo, arrastando com o seu exemplo milhares de súditos a abraçarem a religião cristã.

Em Roma a notícia foi recebida com alegria pelo papa, que expressou sua satisfação nas cartas escritas a Agostinho e à rainha. Juntamente com um grupo de novos colaboradores, o santo pontífice enviou a Agostinho o pálio e a nomeação de arcebispo primaz da Inglaterra, mas ao mesmo tempo admoestava-o paternalmente a não se ensoberbecer pelos sucessos obtidos e pela honra do alto cargo que lhe conferia. Seguindo as tradições do papa quanto à repartição dos territórios eclesiásticos, Agostinho erigiu outras duas sedes episcopais, a de Londres e a de Rochester, consagrando bispos Melito e Justo. O santo missionário morreu a 26 de maio de 604 e foi sepultado em Canterbury na igreja que traz o seu nome.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Agostinho de Cantuária, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil